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Coronavírus

SP vê queda de internações de covid após explosão da Ômicron

Ocupação em enfermarias voltou a ficar abaixo de 50% e dado de pacientes em UTIs também está em queda

21 fev 2022 - 13h45
(atualizado às 13h52)
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Paciente com Covid-19 em hospital de São Paulo
08/04/2021
REUTERS/Amanda Perobelli/File Photo
Paciente com Covid-19 em hospital de São Paulo 08/04/2021 REUTERS/Amanda Perobelli/File Photo
Foto: Reuters

SÃO PAULO - O Estado de São Paulo voltou a ter menos de 50% de ocupação das enfermarias voltadas ao tratamento da covid-19, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 21, pelo governo. A porcentagem caiu de 58% para 47%, enquanto a ocupação de UTIs caiu de 68% para 58% nos últimos sete dias. A queda ocorre após um pico causado pela variante Ômicron em dezembro e janeiro.

O Estado chegou a ter 15 mil pessoas internadas no pico da terceira onda, em 29 de janeiro, de acordo com o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn. O número hoje é de 6,6 mil internados. "Na última semana, o Estado de São Paulo teve 58% da ocupação de leitos na UTI, enquanto a Grande São Paulo registrou 56,7%, (incluindo) o município da capital paulista", disse Gorinchteyn em entrevista à Rádio Eldorado. Há duas semanas, as ocupações eram de 75% e 74%, respectivamente.

"(Estamos) Melhorando substancialmente. E as enfermarias também com percentuais abaixo de 50%. Hoje nosso total é menos da metade. Somando os dois grupos de pacientes internados - nas UTIs e enfermarias - são 6.600 pacientes internados. Mostrando que a vacinação impactou muito. Se tivemos, no ápice, 15 mil pessoas internadas e agora 6 mil internadas, a vacinação teve o seu papel de proteção contra formas graves e fatais", afirmou.

Os indicadores também foram comemorados pelo governador João Doria (PSDB) em publicação no Twitter.

Sobre a subvariante da Ômicron, detectada em países como a Dinamarca, o secretário acredita que a situação está sob controle. "À medida em que o Estado está progredindo com a vacinação, cada vez mais nós temos uma taxa de anticorpos que é bastante significativa, porque ela não só é elevada, mas tende a se manter por um período maior. E conforme as pessoas apresentam quadros mais leves, mesmo de outras variantes, elas vão fazendo o que chamamos de 'booster vacinal', vírus circulante, que também tem um efeito de reforço na imunidade, por isso que grande parte da população teve quadro brando e sem sua intensificação que, infelizmente alguns tiveram e até perderam as suas vidas", disse.

Grupos específicos como imunodeprimidos e imunossuprimidos estão recebendo a quarta dose no Estado de São Paulo. O governo espera ampliar a aplicação em abril para idosos. "O idoso passa a ter o envelhecimento do seu sistema imune, por isso, temos atenção especial com esse público", afirmou. A imunização para esse grupo está prevista para começar em 4 de abril, de forma escalonada, começando por pessoas acima de 90 anos.

Com imunização contra a covid-19 nas escolas, governo estadual espera ampliar vacinação de crianças

Com o objetivo de atingir pelo menos 90% da imunização contra a covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos, o governo de São Paulo realiza uma mobilização em escolas municipais, estaduais e particulares. A busca ativa, que recebeu o nome de "Semana E", começou no último sábado, 19, e se estende até sexta-feira, 25, quando postos volantes serão montados nas redes de ensino cadastradas.

"Com as escolas municipais, estaduais e privadas que se propuseram em receber esses postos de vacinação teremos a capacidade de vacinar as crianças de 5 a 11 anos. Já temos um processo de vacinação acelerado com 63,34% desse público vacinado, mas o objetivo é atingir 90%. E a escola é o melhor lugar para que isso aconteça. Que as crianças possam ser resgatadas e vacinadas com a anuência de seus pais, que não obrigatoriamente precisarão estar presentes", disse.

Os municípios que aderirem à iniciativa poderão vacinar as crianças sem burocracia, com apenas um documento de concordância dos pais ou responsáveis. O termo já foi disponibilizado aos 645 municípios e poderá ser enviado aos pais e responsáveis nas escolas que aderirem ao programa.

De acordo com o secretário, essa faixa etária tem sido alvo de situações de maior gravidade quando infectadas pelo novo coronavírus. "De novembro para cá, com a variante Ômicron, houve um aumento de 62% nas internações nas Unidades de Terapia Intensiva pediátricas (UTIs) para crianças internadas em decorrência de complicações de covid-19", alertou Gorinchteyn.

Para fazer parte da mobilização, a escola deve fazer a solicitação ao seu município. "Cada escola faz a sua solicitação para o seu município", explicou. Para cada escola serão descolocados funcionários do posto - aplicadores, técnico de enfermagem e todo material a ser utilizado na imunização.

Desde o dia 14 de janeiro, as crianças entre 5 e 11 anos começaram a ser imunizadas no Estado de São Paulo, mas, para aumentar a adesão, o governo estadual decidiu realizar a mobilização.

A "Semana E" foi anunciada na última quarta-feira, 16. Conforme mostrou o Estadão, a desinformação e o estoque baixo têm travado a imunização de crianças no Brasil. O governo de São Paulo procura, em meio a isso, aumentar a cobertura vacinal desse público e, além disso, o engajamento dos adolescentes que estão nas escolas e que não completaram o esquema vacinal. A medida irá somar esforços à busca ativa que já é feita em outros ambientes pelas secretarias da Saúde dos municípios.

"Tínhamos 5 milhões e 400 mil pessoas faltosas em segunda dose, sendo 2 milhões e 700 mil que eram públicos de 12 a 29 anos, mas especialmente entre 12 e 19 anos, que era a metade. Esse número caiu para 2 milhões e 100 mil, temos 1 milhão de adolescentes faltosos. Essa política de vacinar nas escolas permite também que esse grupo de 12 a 19 anos, que circulam mais, também seja vacinado", acrescentou o secretário.

Estadão
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