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Coronavírus

"Teich pagou com o cargo" ao defender a vida, diz Doria

Governadores se manifestaram após notícia da saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde

15 mai 2020 - 13h06
(atualizado às 13h18)
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Os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC), os dois Estados com mais infecções por coronavírus, voltaram a criticar o presidente Jair Bolsonaro por mais uma mudança no Ministério da Saúde após a saída de Nelson Teich do cargo.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista coletiva nesta sexta, 8
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista coletiva nesta sexta, 8
Foto: Divulgação/Governo de SP / Estadão Conteúdo

Wiltzel se manifestou em sua conta no Twitter. "Presidente Bolsonaro, ninguém vai conseguir fazer um trabalho sério com sua interferência nos ministérios e na Polícia Federal. É por isso que governadores e prefeitos precisam conduzir a crise da pandemia e não o senhor, presidente", escreveu o governador.

Witzel havia se reunido com Teich na semana passada, no Rio, quando o ministro foi ao Estado para visitar unidades de Saúde dos âmbitos municipal, estadual e federal. "É mais um herói que se vai", disse o mandatário, referindo-se à saída do médico do ministério.

Já Doria fez uma longa crítica ao presidente durante coletiva desta sexta-feria, que já estava marcada para relatar as ações de enfrentamento à doença. "Eu lamento que essa troca tenha sido feita e espero que o sucessor do ministro Nelson continue seguindo a orientação da medicina e da saúde, e que não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas partidárias, pessoais ou familiares. Um ministro da saúde do Brasil deve proteger a saúde dos brasileiros, e não proteger a individualidade da intenção deste ou daquele mandatário", disse Doria.

"Lamento mais uma vez a perda do ministro Nelson Teich, como lamentei aqui a perda também do ministro Luiz Henrique Mandetta, que também pagou com seu cargo por defender o seu compromisso com a ciência com a saúde e com a vida dos brasileiros."

"O Brasil acorda assustado com as suscessivas agresões à Democracia. Agressões à constituição, agressões às instituições, agressão ao congresso nacionalm, agressão ao Supremo Tribunal Federal, agressões à imprensa, agressões e xingamentos a jornalistas, agressões à ministros do seu próprio governo. Como o senhor fez e continua a fazer. Fez com Gustavo bebianno, fez com Santos Cruz, fez com Sérgio moro fez com Luiz Henrique mandetta e agora fez também com Nelson teich. Presidente bolsonaro, governe. Administre o seu país com equilíbrio, com paz no coração, com compreensão com discernimento e com grandeza. Pare com agressões", afirmou o governador.

Doria também criticou o presidente Bolsonaro ao citar reportagem do jornal O Globo desta sexta-feira, que informa que o presidente estaria atrasando repassesa aos Estados deliberadamente. "O gesto demonstra mais uma vez a insensibilidade, a intolerância e a incapacidade do presidente Jair bolsonaro de compreender a dimensão do cargo que ocupa". "Governaram o Brasil é ter sensibilidade e capacidade para governar para todos os brasileiros, os que elegeram e os que não elegeram". Essa ação, disse Doria, "é um gesto deplorável".

Estadão
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