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Coronavírus

Trump tem alta após 3 dias internado e volta à Casa Branca

Ele havia anunciado mais cedo que deixaria o centro médico depois de um tratamento e por estar se sentindo "muito melhor"

5 out 2020 - 19h52
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Após ficar três dias internado em um hospital militar nos arredores de Washington, o presidente Donald Trump teve alta e está retornando para a Casa Branca na noite desta segunda-feira, 5. O presidente americano, de 74 anos, foi internado na sexta-feira, 2, no hospital militar Walter Reed, algumas horas depois de divulgar que havia testado positivo para a covid-19. 

Foto: Reuters

Ele havia anunciado mais cedo nesta segunda, pelo Twitter, que deixaria o centro médico após ser submetido a um tratamento contra a covid-19 e estar se sentindo "muito melhor"."Estou me sentindo muito bem!", tuitou o republicano na tarde desta segunda-feira. "Não tenha medo da covid. Não deixe que ela domine sua vida. Desenvolvemos, sob o governo Trump, algumas drogas e conhecimentos realmente excelentes. Sinto-me melhor agora do que há 20 anos!"

Trump informou que pretende continuar trabalhando nos próximos dias. Antes de deixar o hospital, postou no Twitter que "voltará para a campanha em breve". Na Casa Branca, seu espaço de trabalho foi adaptado em escritórios temporários no subsolo adjacente à suíte médica da mansão executiva, segundo detalhou a TV CNN

Embora Trump tenha espaço para um escritório na parte da residência pessoal do presidente, no terceiro andar da Casa Branca, os escritórios temporários na Sala de Mapas e na Sala de Recepção Diplomática permitirão um acesso mais rápido a seus médicos e equipamentos médicos. 

A Sala de Mapas fica bem ao lado da suíte médica, onde há uma recepção, uma sala de exames e o consultório de Sean Conley, médico de Trump. A Sala de Recepção Diplomática fica no final do corredor. 

De acordo com a CNN, o espaço de trabalho também servirá para isolar o presidente na residência longe da Ala Oeste, onde os funcionários enfrentam um novo surto de covid-19 nesta semana. 

"Não está totalmente fora de perigo"

Após o anúncio de Trump, Conley disse que as avaliações e o estado clínico apoiavam o retorno dele para a Casa Branca. "Embora ele possa não estar totalmente fora de perigo ainda, a equipe e eu concordamos que todas as suas avaliações e, mais importante, seu estado clínico apoiam seu retorno para casa, onde ele estará cercado por cuidados médicos 24 horas por dia, 7 dias por semana", disse.

Conley informou que o presidente americano não apresenta problemas respiratórios e não teve febre durante o fim de semana. Trump, porém, continua usando o medicamento dexametasona e recebeu um nova dose do antiviral Remdesivir antes de deixar o centro médico Walter Reed. Depois de rejeitar no sábado responder às perguntas de jornalistas sobre se o presidente tinha recebido oxigênio, Conley reconheceu que Trump teve duas quedas de oxigênio e estava "um pouco desidratado" na sexta-feira. 

Segundo debate 

O diretor de comunicações da campanha de Trump, Tim Murtaugh, informou nesta segunda mais cedo, também à TV CNN, que o republicano planeja participar do próximo debate presidencial marcado para o dia 15. O debate, o segundo da corrida presidencial, está programando para ocorrer no Adrienne Arsht Center, em Miami, Flórida. Diferentemente do primeiro, esse terá o modelo de perguntas aos dois participantes feitas por residentes da região de Miami. 

Biden disse mais cedo que está disposto a participar do próximo debate com Trump, contanto que especialistas de saúde digam que é seguro. O diagnóstico provocou dúvida sobre a segurança de se realizar debates antes da eleição de 3 de novembro. 

"Se os cientistas disserem que é seguro e as distâncias são seguras, então acho que tudo bem. Farei o que quer que os especialistas digam que é apropriado fazer", disse Biden, que teve um exame negativo de covid-19 no fim de semana, aos repórteres em Delaware antes de uma viagem de campanha para a Flórida.

Já na Flórida, em um discurso na Little Havana, em Miami, Biden voltou a desejar melhoras ao presidente e à primeira-dama, Melania Trump - também diagnosticada com covid, e pediu que o oponente incentive o uso da máscara. 

"Fiquei feliz em ver o presidente falando e gravando vídeos no fim de semana. Agora que ele está ocupado tuitando mensagens de campanha, eu pediria a ele para fazer isso: ouça os cientistas, apoie o uso das máscaras."/COM REUTERS, AFP e AP 

Estadão
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