Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Coronavírus

USP: Variante de Manaus já é predominante na Grande SP

Pesquisadores analisaram 91 amostras de pacientes infectados pelo coronavírus em municípios da região metropolitana

5 mar 2021 - 18h43
(atualizado às 18h47)
Compartilhar
Exibir comentários

SÃO PAULO - A variante P.1 do coronavírus, originada em Manaus no fim de 2020, já é predominante na Grande São Paulo, segundo estudo feito pela rede Dasa de laboratórios em parceria com cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP).

Os pesquisadores analisaram 91 amostras de pacientes infectados pelo coronavírus em municípios da região metropolitana e verificaram que 77% delas se mostraram positivas para a nova cepa. Segundo estudos recentes, a P.1 é até duas vezes mais transmissível, aumenta em dez vezes a carga viral nas células do doente e pode escapar de anticorpos formados em infecções prévias, facilitando reinfecções.

Enfermeira de um hospital em Santo André, no Estado de São Paulo, conversa com paciente idosa. 01/01/2021. REUTERS/Amanda Perobelli.
Enfermeira de um hospital em Santo André, no Estado de São Paulo, conversa com paciente idosa. 01/01/2021. REUTERS/Amanda Perobelli.
Foto: Reuters

Na quinta-feira, uma análise feita pela Fiocruz mostrou que, de oito Estados analisados, seis já tinham a prevalência de variantes mais preocupantes do coronavírus: Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A análise das amostras da Grande São Paulo foi feita por meio de uma nova técnica do exame RT-PCR capaz de identificar características de diferentes cepas. A metodologia foi desenvolvida pela Dasa e pelo IMT/USP, seguindo um protocolo de identificação de variantes proposto pela Universidade de Yale (EUA).

Em nota, a rede de laboratórios alertou que o resultado da análise "reforça a importância das medidas de prevenção amplamente conhecidas pela população: uso de máscaras, higienização das mãos com álcool gel 70% e, sempre que possível, manter o isolamento social para frear a disseminação do vírus".

Para o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, a rapidez com que a cepa vem se espalhando pelo País demonstra seu poder de disseminação. "Ao correlacionar o estudo da nova linhagem que teve origem em Manaus entre essas primeiras 91 amostras com o aumento de prevalência de casos de covid-19 no País todo, podemos sugerir que a P.1 seja altamente transmissível e que apresentou maior prevalência que a variante do Reino Unido (B.1.1.7), que anunciamos em 31 de dezembro", disse ele, em nota.

De acordo com a Dasa, o estudo para identificar amostras da variante P.1 no País segue em andamento. Neste sábado, 6, a empresa promete divulgar os resultados de mais 91 amostras analisadas.

Na semana que vem, serão apresentados os dados de outras 500 amostras provenientes de Santa Catarina e Brasília, locais com sistemas de saúde colapsados. Campana afirmou que os resultados da Grande São Paulo foram antecipados pelo impacto epidemiológico da circulação da nova variante na região.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade