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Coronavírus

Vacinação contra covid-19 no Brasil completa 1 ano; relembre

Da primeira aplicação ao início da imunização infantil, lembre os destaques dos últimos 12 meses na luta contra covid

17 jan 2022 - 10h10
(atualizado às 11h59)
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Primeira pessoa vacinada contra covid-19 no Brasil, enfermeira Mônica Calazans recebeu dose de reforço nesta quarta-feira
Primeira pessoa vacinada contra covid-19 no Brasil, enfermeira Mônica Calazans recebeu dose de reforço nesta quarta-feira
Foto: Governo de SP/Reprodução / Estadão

Há exatamente um ano, o Brasil se emocionava na tarde do domingo, 17 de janeiro, quando os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da vacina Coronavac contra o coronavírus. Após o aval do órgão, a enfermeira Mônica Calazans, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, recebeu a primeira aplicação do imunizante produzido pelo Instituto Butantan e deu o pontapé inicial na campanha brasileira de imunização.

Ao longo dos 12 meses que seguiram, o País passou coletivamente por uma montanha-russa de emoção a cada novo público que era incluído no Programa Nacional de Imunização (PNI). A chegada de insumos, aprovação de outras vacinas e distribuição de doses foram acompanhadas de perto, na mesma medida que a maioria dos brasileiros fazia questão de postar nas redes sociais e comemorar o aguardado momento da vacina contra o vírus. O imunizante se provou uma importante ferramenta contra casos graves e mortes pela doença, ainda que não tenha aplacado totalmente a transmissão.

Os postos de saúde também foram momentaneamente transformados em passarelas quando o "jeitinho brasileiro" levou um verdadeiro desfile de looks na hora da vacinação, fosse em homenagem ao Zé Gotinha e ao SUS ou em alusão aos jacarés e críticas ao presidente Jair Bolsonaro. A atuação de Bolsonaro também continuou chamando atenção ao longo do ano passado, quando continuou a atacar as vacinas e a promover medicamentos de inefácia comprovada contra a doença.

O primeiro ano de vacinação também foi marcado pelo desafio de se obter mais doses do imunizante, especialmente no início da campanha. Com escassez de vacinas em todo o mundo, o ritmo de aplicação seguiu aquém do que a urgência do momento pedia, enfrentando ainda o desafio da importação de insumos, como o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A aplicação acelerou no segundo semestre, chegando a um número maior de brasileiros.

Abaixo, relembre alguns dos momentos mais marcantes nesse um ano de imunização contra a covid-19:

A primeira brasileira vacinada

Mônica Calazans exibiu em rede nacional o sorriso da esperança de que a pandemia do coronavírus poderá um dia acabar. "Não tive medo em momento nenhum. Fui com muita segurança na vacina, desde o início", contou em entrevista recente ao Estadão.

Lares de longa permanência

Um dos primeiros grupos a receber a vacina, os idosos em lares de longa permanência viram com a chegada do imunizante a chance de retomar o convívio com amigos e familiares sem o intermédio de uma parede de vidro.

O presidente não vacinado

O presidente Jair Bolsonaro continuou a atacar a vacina e declara não ter se imunizado contra a doença até hoje. Ao longo do ano passado, promoveu aglomerações, esnobou o uso de máscaras e promoveu o uso de medicamentos de ineficácia comprovada contra a covid-19.

Vacinação em adolescentes

Em meados de agosto, foi a vez de os adolescentes dos 12 aos 17 anos receberem o imunizante da Pfizer, após longos sete meses de espera.

Chegada de insumos

Antes de a produção de insumos para as vacinas da AstraZeneca e da Coronavac ser feita no Brasil pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan, a chegada dos caixotes e a distribuição das doses aliviava a tensão de quem esperava sua vez na fila da imunização.

Desfile de looks

À medida que a vacinação avançava pelo País, os brasileiros deram seu próprio "jeitinho" de se destacarem e investiram em looks que exaltavam o Sistema Único de Saúde (SUS), broches do Zé Gotinha e protestavam contra as falas negacionistas do presidente Jair Bolsonaro contra a imunização, principalmente o seu medo de "virar jacaré".

Terceira dose

Em mais uma das curvas que a pandemia fez, a descoberta da necessidade de uma dose de reforço das vacinas pegou muitos desprevenidos, mas hoje o País já tem quase 16% da população com essa camada extra de proteção. O primeiro grupo convocado para essa fase, seguindo os moldes do PNI, foram idosos acima dos 90 anos e em lares de longa permanência.

Vacinação infantil

Depois de muitos embates entre o governo federal e a Anvisa, a vacinação infantil foi liberada pela agência no final de dezembro e implementada pelo Ministério da Saúde na semana passada. A primeira criança a ser imunizada foi o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, no Hospital das Clínicas.

Estadão
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