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Coronavírus

Vacinação deve começar só em março e vai priorizar idosos

Previsão do ministério é que imunização comece em março e chegue à toda população-alvo somente em dezembro de 2021

2 dez 2020 - 08h02
(atualizado às 08h06)
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Idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e indígenas serão os primeiros a ser vacinados contra a covid-19 no País, segundo cronograma apresentado nesta terça-feira, 1º, pelo Ministério da Saúde em reunião com um comitê de especialistas e obtido pelo Estadão.

Vacina contra Covid-19
 10/4/2020 REUTERS/Dado Ruvic
Vacina contra Covid-19 10/4/2020 REUTERS/Dado Ruvic
Foto: Reuters

No encontro, a pasta informou ainda que a perspectiva é começar a vacinação contra a doença em março de 2021 e finalizar a campanha somente em dezembro, quando há previsão de oferta de doses suficientes para imunizar a população-alvo. Não há previsão de vacinar toda a população no ano que vem, de acordo com a apresentação feita pelo ministério.

Segundo o órgão, a campanha seria realizada em quatro fases principais. Na primeira, com previsão de início para março de 2021, seriam vacinados cerca de 14 milhões de pessoas. Além dos idosos com 75 anos ou mais, indígenas e profissionais de saúde, serão imunizados nessa primeira fase também idosos acima de 60 anos que estejam em instituições de longa permanência.

Para essa fase, a pasta estima a necessidade de 29,4 milhões de doses, considerando duas para cada pessoa e mais 5% de perda estimada. A estimativa é que a primeira fase dure cinco semanas.

Na segunda fase, serão vacinados todos os brasileiros com mais de 60 anos, que serão escalonados dos mais velhos para os mais jovens. O primeiro grupo da segunda fase serão idosos entre 70 e 74 anos, seguidos pelas faixas etárias de 65 a 69 anos e 60 a 64. Serão cerca de 21 milhões de vacinados nesse grupo.

Na terceira fase da campanha, serão imunizadas pessoas maiores de 18 anos com as seguintes comorbidades: diabete, hipertensão arterial, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, transplantados de órgãos sólidos, pacientes com anemia falciforme, câncer (com diagnóstico nos últimos cinco anos) e obesidade grave (IMC acima de 40). A estimativa para essa fase é vacinar 12,6 milhões de pessoas.

Por fim, na quarta fase da campanha, receberão a proteção trabalhadores de áreas consideradas essenciais: professores do nível básico ao superior, profissionais de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional, além da população carcerária. Os grupos somam cerca de 4 milhões de pessoas.

Para as quatro fases, o ministério estima imunizar cerca de 51 milhões de brasileiros. Não há definição ainda de como será a vacinação do restante da população.

Segundo especialistas presentes na reunião, o ministério ainda considera como principal imunizante a ser oferecido no SUS a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, mas não descartou a compra de outros produtos. A vacina da AstraZeneca, porém, pode ter seu registro atrasado após falhas nos estudos.

Em nota divulgada após a reunião, o ministério afirmou que o Brasil já possui garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio dos acordos entre a Fiocruz e a AstraZeneca (100,4 milhões) e a Covax Facility (42,5 milhões), iniciativa da Organização Mundial da Saúde.

A pasta destacou ainda que "o planejamento de população vacinada e fases é preliminar e pode sofrer alterações, a depender de novos acordos de aquisição de vacinas com outras farmacêuticas, após regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)".

Participaram da reunião mais de 70 especialistas tanto do ministério, Estados e municípios quanto de sociedades científicas. O plano final de imunização contra covid deverá ser finalizado nas próximas semanas.

Estadão
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