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Saúde

Síndrome da fadiga crônica atinge mais mulheres e quem teve Covid ou dengue

14 abr 2024 - 14h06
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A pedagoga Laura Silva, de 47 anos, tinha uma vida normal até dezembro de 2021, quando pegou covid-19. Desde então, sua saúde nunca mais foi a mesma. Sintomas como cansaço extremo, dificuldade de concentração, intolerância aos esforços cotidianos e sonolência excessiva se tornaram comuns na rotina. A fadiga, que começou no quarto dia de sintomas, persistiu. Seis meses depois de ter testado positivo para covid-19, a pedagoga recebeu o diagnóstico de encefalomielite miálgica, também conhecida como síndrome da fadiga crônica (EM/SFC), uma doença ainda pouco diagnosticada.

No Brasil, o Ministério da Saúde não tem dados sobre quantas pessoas convivem com a síndrome, embora um estudo do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), divulgado na revista Frontiers in Immunology em 2022, relacione a doença com a pandemia. Os pesquisadores mostraram que a condição era observada em cerca de 10% a 20% das pessoas que se curaram da covid-19, mas continuavam com sintomas. Dos 80 pacientes participantes da pesquisa da USP que tiveram covid-19, metade desenvolveu a síndrome da fadiga crônica. No ano passado, um estudo divulgado pela mesma publicação estimou que 13% a 45% dos pacientes que contraíram o vírus podem desenvolver a doença. 

Assista ao vídeo com o comentário de André Forastieri.

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