Cresce o número de microempresas no Brasil
Investir no próprio negócio virou alternativa para fonte de renda durante período de pandemia
O microempreendedorismo é a prática de abrir o próprio negócio com o menor investimento. Nos anos de 2020 e 2021 houve um crescimento considerável nesta categoria, que hoje corresponde a 56,7% dos negócios em território nacional, segundo dados do Mapa de Empresas do Ministério da Economia.
Esses dados ainda dizem que em 2020 cerca de 3,36 milhões de novas empresas surgiram durante a crise causada pela COVID-19, sendo 8,4% microempreendedores, com o total de 19,9 milhões de negócios em funcionamento, em segmentos variados, mas todos com o objetivo de contornar a escassez de emprego.
Segundo o Instituto Locomotiva, o comportamento do consumidor mudou. O aumento no percentual de empresas transformou não só a economia, mas a maneira de comprar e vender. O e-commerce, por exemplo, cresceu em 75% em 2020, conforme relatório da Mastercard SpendingPulse.
Para Ricardo Teixeira, coordenador do MBA de Gestão Empresarial da Fundação Getulio Vargas, empreender não é só montar um negócio e depois ficar esperando que os clientes apareçam. No caso dos novos MEIs, virou uma questão de conquistar e fidelizar o público, adotando não só uma boa qualidade no serviço ou produto oferecido, mas uma estratégia de marketing que atraia o cliente e proporcione a ele uma User Experience (UX), experiência do usuário, completa e qualificada. Entre as estratégias para uma boa relação com a marca, existem o Inbound Marketing e o sistema de Unboxing.
De acordo com o site Academia do Marketing, no Inbound Marketing, as micro, pequenas e médias empresas adotam estratégias para construir um relacionamento com o cliente, oferecendo conteúdos relevantes para só posteriormente oferecer seus produtos e serviços. Por esse motivo, o número de clientes da empresa cresce e o microempreendedor acaba fidelizando seu público.
Um levantamento do Sebrae constatou que o Instagram, junto ao WhatsApp e Facebook, são as plataformas de redes sociais mais usadas para venda, principalmente através de estratégias como o Unboxing, na qual a pessoa compartilha a experiência de "desembalar um recebido".
"Observando o aumento no segmento dos microempreendedores, o mercado gráfico precisou se atualizar para entregar novas soluções, como no caso dos itens que compõem o Unboxing: os impressos personalizados, para impactar o cliente final", diz o Gerente de Operações da gráfica GIV Online, Felipe Augusto, a respeito das mudanças no mercado empresarial e as adaptações que negócios consolidados fizeram para se encaixar nos novos modelos de vendas.
O aumento no número de MEIs mudou o comportamento do consumidor, como apontado na pesquisa do Instituto Locomotiva, mas aliado a isso, fez com que os empreendedores de todos os portes abrissem portas para a diversificação, já que só vender não é mais o suficiente, como foi mencionado por Ricardo Teixeira.
"As empresas de todos os ramos, inclusive o gráfico, precisam se adaptar para dar suporte e oferecer melhorias para todos os consumidores que viraram empreendedores, assim, o crescimento é mútuo", conclui Felipe Augusto.
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