Bebê brasileiro de 1 ano morre em ataque aéreo israelense no Líbano
Itamaraty confirmou morte de criança brasileira em ataque aéreo e reforça apelo por cessar-fogo
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou nesta segunda-feira, 4, a morte de um bebê brasileiro de apenas 1 ano durante um ataque israelense em Beirute, no Líbano. Fatima Abbas, a vítima, estava no subúrbio de Hadeth, ao sul da capital, quando foi atingida. Segundo o Itamaraty, esta é a terceira morte de brasileiros, todos menores de 18 anos, desde o início do atual conflito na região.
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Em nota oficial, o governo brasileiro lamentou a morte e expressou solidariedade à família da menina. "Ao expressar à família de Fatima Abbas as mais sentidas condolências e estender toda a sua solidariedade, o governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos e injustificados ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades", afirmou o Itamaraty.
A família de Fatima confirmou ao g1 os detalhes do incidente, relatando o momento trágico. O avô da menina, Ali Abbas, contou que seu filho, a nora e a neta estavam no carro aguardando a repatriação para o Brasil quando o ataque aconteceu.
"Minha neta estava na cadeirinha, no banco de trás, meu filho com a esposa estavam na frente e aconteceu o bombardeio. Aí veio um pedaço daquele míssil na barriga da minha neta. Eles correram para o hospital e fizeram cirurgia, mas estava sangrando muito. Deram 48 horas para ver se parava o sangramento. Mas ela não resistiu", disse o avô, abalado pela perda.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que, até esta segunda-feira, já tinham sido repatriados 1.859 brasileiros e 20 animais de estimação, em uma série de voos organizados para trazer cidadãos brasileiros de volta ao País. O décimo voo de repatriação pousou em Beirute nesta segunda-feira e deve retornar ao Brasil na manhã desta terça-feira, 5, com mais pessoas que solicitaram o retorno diante do agravamento do conflito na região.