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Criança se sujou de sangue e fingiu estar morta para sobreviver a ataque no Texas

A menina e um amigo conseguiram pegar o telefone e ligar para a emergência para pedir ajuda

27 mai 2022 - 18h17
(atualizado às 18h23)
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Miah Cerrillo, de 11 anos, conta que sobreviveu ao massacre após se esfregar no sangue da amiga e se fingir de morta
Miah Cerrillo, de 11 anos, conta que sobreviveu ao massacre após se esfregar no sangue da amiga e se fingir de morta
Foto: Reprodução/CNN

A estudante Miah Cerrillo, de 11 anos, conta que sobreviveu ao massacre na Robb Elementary School, em Uvalde, no Texas, após se esfregar no sangue da amiga e se fingir de morta. A menina falou exclusivamente à CNN Internacional sobre o que viveu no dia do ataque, e que fez isso por temer que o atirador voltasse para matá-la. No total, 19 crianças e duas professoras foram mortas pelo atirador. 

Miah relatou que ela e os amigos estavam assistindo um filme infantil em uma sala de aula compartilhada por duas professoras. Ao término da aula, as professoras souberam que havia um atirador no prédio, disse ela ao "New Day" da CNN.

De acordo com a criança, tudo aconteceu muito rápido. A professora ainda tentou trancar a porta, mas o atirador já estava no local e atirou pela janela. Em seguida, ele atirou contra diversas pessoas - alunos e professoras - que estavam ali.

A aluna ainda relatou que balas voaram por ela e fragmentos atingiram seus ombros e cabeça, sendo atendida depois no hospital e liberada com ferimentos. Miah também contou que depois de atirar em alunos de sua classe, o atirador foi até outra sala de aula, onde ela ouviu gritos e o som de tiros. Depois que os tiros pararam, ela diz que o atirador começou a "tocar música triste e alta".

Ela e um amigo conseguiram pegar o telefone e ligar para emergência pedindo por ajuda. Com medo que o atirador voltasse para matá-la, ela mergulhou as mãos no sangue de um colega de classe - que estava ao lado dela, já morto - e espalhou o sangue em si mesma para se fingir de morta. 

A mãe de Miah afirmou à CNN que sua filha está traumatizada e não consegue dormir. Apesar do medo em falar de frente para câmera, Miah quis compartilhar sua história para que as pessoas pudessem saber como é viver um tiroteio na escola e para ajudar a evitar que uma tragédia dessas aconteça novamente.

Fonte: Redação Terra
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