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Crimes sexuais: João de Deus é condenado a mais 118 anos de prisão

Com a decisão, a pena do médium soma 489 anos e quatro meses

15 set 2023 - 18h44
(atualizado às 19h00)
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Vítimas do médium começaram a denunciá-lo por abuso sexual em dezembro de 2018
Vítimas do médium começaram a denunciá-lo por abuso sexual em dezembro de 2018
Foto: lo por abuso sexual em dezembro de 2018. Os crimes ocorreram na casa Dom Inácio de Loyola, durante atendimentos espirituais. ( Reprodução) / Perfil Brasil

O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, teve seus três últimos processos por crimes sexuais julgados hoje, 15. Ele foi condenado em todos, e o juiz Marcos Boechat Lopes Filho, da comarca de Abadiânia (GO), o sentenciou a mais 118 anos de prisão.

Com a decisão, a pena do médium soma 489 anos e quatro meses. João de Deus também deverá pagar até R$ 100 mil em indenizações por danos morais às vítimas.

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O réu foi denunciado em relação a crimes praticados contra 66 vítimas e condenado em relação a 56 delas. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), todas as 17 ações penais respondidas por ele foram julgadas em primeira instância. Ele responde em prisão domiciliar devido uma decisão em segunda instância.

O advogado de defesa de João de Deus, Anderson Van Gualberto, informou que aguarda ser intimado referente as novas sentenças, e que recorrerá da condenação.

O TJ-GO detalhou que a defesa fez seis apelações contra as sentenças condenatórias, que foram analisadas, conhecidas e parcialmente providas pelo tribunal. Duas delas, porém, estão em fase de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ainda não foram julgadas e não possuem acórdão até o momento.

As vítimas do médium começaram a denunciá-lo por abuso sexual em dezembro de 2018. Os crimes ocorreram na casa Dom Inácio de Loyola, durante atendimentos espirituais.

Em 2019, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra João de Deus, nas quais ele é acusado de crimes como estupro de vulnerável e violação sexual. Segundo o MP, os crimes ocorreram pelo menos desde 1990.

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