Aumento de 70% em denúncias contra planos de saúde por etarismo
Agência Nacional de Saúde recebeu 67 reclamações de consumidores contra operadoras por preconceito ou tratamento diferenciado pela idade
Um levantamento exclusivo obtido pela coluna mostra um crescimento preocupante nas denúncias contra planos de saúde pela prática de etarismo, o preconceito por idade que revoltou o país depois do vídeo em que jovens universitárias debochavam da idade de uma colega de 42 anos em Bauru, no interior de São Paulo.
De acordo com o levantamento, houve um aumento de cerca de 70% nas denúncias feitas à Agência Nacional de Saúde (ANS) em que consumidores relataram terem sofrido alguma forma de preconceito ou tratamento diferenciado pela idade em demandas assistenciais feitas às operadoras. Esse tipo de queixa tinha sido feito por 40 consumidores em 2013, início do período analisado. Mas, em 2022, a discriminação por idade acabou relatada em 67 reclamações contra planos de saúde.
O levantamento mostra ainda que as queixas aumentaram substancialmente depois do início da pandemia do coronavírus. Em 2019, tinham sido feitas 33 reclamações, sendo que até então o último ano antes da emergência sanitária só teve menos reclamações por etarismo do que 2013. Mas 2020 terminou com 44 queixas, enquanto em 2021 ocorreram 53 reclamações.
Em 2023, até o início de março, já houve 10 reclamações contra planos de saúde por práticas associadas ao etarismo.