Marinha diz investigar 7 militares por ataque golpista de 8 de janeiro
Fardados viraram alvos da Polícia Federal pela suspeita de que atuaram diretamente na depredação de Brasília
A Marinha diz que investiga a participação de 7 militares nos ataques golpistas de 8 de janeiro, quando grupos criminosos depredaram instalações do Supremo Tribunal Federal, da Câmara dos Deputados, do Senado e do Palácio do Planalto, em Brasília.
A Marinha informou à coluna, em resposta a solicitação via lei de acesso à informação, que esses 7 militares são investigados em dois procedimentos administrativos disciplinares.
Os golpistas tentaram dar um golpe de estado no dia 8 de janeiro. Os organizadores e participantes do complô criminoso achavam que conseguiriam reverter o resultado das eleições presidenciais e favoreceriam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Militares são investigados também pela Polícia Federal e pelo Exército. Um capitão-de-mar-e-guerra reformado da Marinha foi alvo de buscas na oitava fase da Operação Lesa Pátria da PF, que investiga a organização e o financiamento dos ataques golpistas.
Os fardados são investigados não só por suspeitas de que participaram diretamente dos ataques para favorecer Bolsonaro, mas também por indícios de que facilitaram a depredação do patrimônio público e de que se omitiram na contenção dos golpistas.
Depois dos ataques golpistas, pelo menos 1.420 criminosos envolvidos na depredação foram presos.