Novo chefe do GSI vai estudar se reformula segurança de Lula
Marcos Antonio Amaro dos Santos, general da reserva, foi escolhido para restaurar confiança do presidente em órgão após ataques golpistas
O general Marcos Antonio Amaro dos Santos assume o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, 4, com missões complementares para a governabilidade. Isso tudo enquanto avalia a necessidade de reformular o órgão.
Em primeiro lugar, Amaro, como é conhecido, quer restaurar a confiança de Lula no GSI, destroçada depois da conivência dos militares do órgão, demonstrada em vídeos, aos ataques golpistas contra o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro. O general, aliás, avalia que houve uma falha de segurança "generalizada" nesse episódio.
Daí virá também um esforço complementar do novo chefe do GSI. Ele defende a importância de militares para a segurança presidencial, uma das funções básicas e originais do órgão.
Antes da demissão do general Edson Gonçalves Dias do GSI em abril, o órgão tinha sido esvaziado no fim de janeiro depois dos ataques golpistas, quando as funções mais sensíveis da segurança de Lula passaram à responsabilidade da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, subordinada diretamente ao gabinete do presidente. Por decreto, deve permanecer desse jeito pelo menos até o fim de junho.
Com essa perda de confiança, o GSI também foi retirado da gestão da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), cuja responsabilidade foi transferida à Casa Civil.
Depois de ser oficialmente anunciado para o cargo, Amaro disse a interlocutores nesta quarta-feira, 3, que vai estudar como ficarão a estrutura e as atribuições do novo GSI.
Em entrevista ao Terra, Amaro já tinha manifestado discordância à divisão de responsabilidades pela segurança presidencial, entre o GSI e a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata.