Quadrilha usava joalheria e restaurante para “lavar” ouro da TI Yanomami, diz PF
Operação Ponte de Ouro investiga esquema de garimpo ilegal que rendeu mais de R$ 30 milhões
A Polícia Federal avança no combate ao garimpo clandestino em territórios indígenas. Policiais da superintendência de Roraima deflagaram nesta terça-feira, 25, a operação Ponte de Ouro para combater uma quadrilha que negociou mais de R$ 30 milhões de ouro extraídos ilegalmente por garimpeiros da Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima.
De acordo com as investigações, os suspeitos eram donos de empresas varejistas de Boa Vista, em Roraima, por onde “lavavam” a origem ilícita do ouro extraído da reserva Yanomami. O recurso mineral era comprado do garimpo e revendido a exportadores.
“Usavam joalheria, boutique e restaurante para revender o ouro e fazer transações com garimpeiros”, explicou à coluna o delegado Helton Sacramento.
A quadrilha foi descoberta depois da prisão de garimpeiros que atuaram na TI Yanomami. Nesta terça-feira, policiais cumpriram oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima, contra os operadores do esquema. Eles são investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e usurpação de bens da União.