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Decisão de Moraes que autoriza operação contra Bolsonaro e aliados traz três vezes a palavra "corno"

O texto assinado pelo ministro do STF traz erros de ortografia no que deveria ser a expressão "como"

9 fev 2024 - 13h31
(atualizado às 13h38)
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Ministro Alexandre de Moraes
Ministro Alexandre de Moraes
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

A decisão assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados foi emitida com três erros inusitados de ortografia que não passaram despercebidos.

O texto traz por três vezes a palavra "corno", uma expressão popular e perjorativa. Pela construção das frases, é fácil notar que trata-se de um erro de português, sendo que a palavra correta seria "como". 

"Um grupo de pessoas é apontado corno responsável pelo constante assessoramento jurídico e pela elaboração de minutas de decretos, com os fins de consumar um golpe de Estado e de subverter a ordem democrática", é possível ler em um dos trechos. 

Foto: Reprodução

Há outros dois erros idênticos ao longo da decisão: "conhecido corno" e nomeado corno". Confira:

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Operação Tempus Veritatis

A Polícia Federal deflagrou na manhã de quinta-feira, 8, uma operação que mira aliados militares e políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os alvos de buscas, estão o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou que Bolsonaro entregue o passaporte em até 24 horas. O documento foi confiscado pela PF no início da tarde de quinta-feira na sede do PL, em Brasília.

Foram presos na operação, conforme apuração do Terra, Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família do ex-presidente; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército, que está nos Estados Unidos, mas irá se apresentar à Justiça.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma. Costa Neto era alvo de um mandado de busca e apreensão pela PF, mas o flagrante ocasionou a prisão.

Ao todo, foram cumpridos na operação 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do País, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

As medidas judiciais, expedidas pelo STF, ocorrem nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.

Batizada de Tempus Veritatis, a operação investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.

Segundo apuração do Terra, a operação é fruto da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e de outras investigações sequenciais.

Fonte: Redação Terra
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