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Defesa de Braga Netto sustenta que ex-ministro não atrapalhou investigações

15 dez 2024 - 10h33
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O militar da reserva e ex-ministro Walter Souza Braga Netto foi preso neste sábado, 14, no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. A operação ocorreu em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. As investigações apontam forte envolvimento do militar em atividades clandestinas relacionadas ao caso. Os advogados do general da reserva declararam 1ue irão demonstrar que o ex-ministro não interferiu nas investigações relacionadas ao inquérito sobre a tentativa de golpe.

Braga Netto
Braga Netto
Foto: Isac Nóbrega/PR / Perfil Brasil

A PF sustenta que a liberdade do militar representaria risco à ordem pública, citando evidências de obstrução das investigações. Entre as acusações levantadas, está a tentativa de Braga Netto de influenciar e pressionar membros das Forças Armadas a se juntarem à conspiração. Além disso, há alegações de que ele procurou obter informações sobre a colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Qual foi o papel de Braga Netto na trama golpista?

As autoridades identificaram Braga Netto como uma figura-chave no planejamento e execução da tentativa de golpe. Alegam que ele atuou como mentor intelectual, embora estivesse sob o comando de Bolsonaro. O inquérito destaca a coordenação de ações ilícitas realizadas por militares especializados, conhecidos como "kids pretos". As acusações também incluem seu envolvimento no financiamento das operações com recursos suspeitos, como a entrega de dinheiro em uma sacola de vinho.

Um dos aspectos mais graves do caso é a tentativa de Braga Netto de controlar o fluxo de informações entre os investigados, tentando alinhar suas versões dos eventos para evitar descobertas. As evidenciações apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) sugerem que suas ações buscaram proteger os envolvidos e minimizar os riscos jurídicos que enfrentavam.

Reações e defesa de Braga Netto

Após a prisão, a defesa de Braga Netto emitiu um comunicado à imprensa reafirmando sua confiança no devido processo legal. Os advogados que representam o militar, Luís Henrique César Prata, Gabriella Leonel de S. Venâncio e Francisco Eslei de Lima, afirmaram que aguardam ter pleno acesso aos autos para se manifestarem mais detalhadamente. A defesa busca demonstrar que não houve obstrução às investigações, alegando que poderão provar a inocência de seu cliente quando todos os fatos forem devidamente analisados em juízo.

"Com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações", comunicou a defesa.

A prisão do ex-ministro gerou reações diversas no cenário político e social. O caso de Braga Netto está entre os mais debatidos em relação às acusações direcionadas a ex-integrantes do governo anterior, refletindo uma divisão na opinião pública sobre a validade e a condução das investigações em curso.

Com a prisão de Braga Netto, as atenções se voltam para os desdobramentos judiciais que definirão seu futuro. A expectativa é que a defesa entre com pedidos judiciais para revisar a prisão preventiva, apresentando argumentos que visem sua soltura. O andamento do caso será acompanhado de perto por observadores políticos, entidades civis e pela mídia, dada a sua relevância no contexto legal e político atual.

Perfil Brasil
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