Destruição de obras, vidros quebrados e muito lixo: o que ficou para trás após ato terrorista no Distrito Federal
Bolsonaristas invadiram a área dos três Poderes, onde depredaram obras, e roubaram itens pertencentes ao poder público
As sedes dos três Poderes, em Brasília, foram invadidas por milhares de terroristas neste domingo, 8, e o que sobrou foi um cenário de destruição, com muito lixo, e uma enorme marca de que o país sofreu uma tentativa de golpe de estado. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram obras, quebraram vidraças, furtaram objetos, e picharam nas paredes do Congresso, Supremo Tribunal Federal e no Palácio da Alvorada.
O Senado foi um dos locais onde houve menos danos físicos. Havia muito lixo, contendo garrafas plásticas, spray de pimenta, e estilhaços de vidros por todo o lado, no entanto, as cadeiras ficaram intocadas. Na sala do café do local, há uma espécie de barricada montada, com cadeiras e mesas. Segundo o vídeo do Poder 360, o que não se sabe é se essa barreira foi criada por policiais, que tentavam impedir a invasão, ou se foram os extremistas.
No salão nobre do Senado, onde há muitas obras de arte e móveis históricos, os vidros também foram danificados, entre eles, o de alguns displays onde há fotos históricas do Brasil. Uma cópia da Constituição Brasileira teria sido jogada em um desses expositores.
Na mesma sala, luvas e lixos são encontrados aos pés de uma escultura em bronze, e as vidraças também estão estilhaçadas. O piso do local também está alagado, pois segundo o repórter Mateus Maia, os criminosos usaram mangueiras e extintores de incêndio.
O grupo extremista também furtou alguns dos quadros de presidentes do senado que estavam expostas, e danificaram outros, como Ramez Tebet, José Sarney, e Renan Calheiros. Além da destruição, os bolsonaristas deixaram também algumas bandeiras no local.
O Salão Negro do Senado também foi depredado e teve os vidros quebrados. Na vidraça que não foi depredada, há alguns dizeres como: 'nova constituinte', 'intervenção', 'não a ditadura' e na pilastra, 'parlamento corrupto'.
Já no Supremo Tribunal Federal (STF), a vidraça também foi quebrada, além das cadeiras nas quais sentavam o público que acompanha os julgamentos, que foram depredadas e tiradas do lugar. O gabinete da presidência do Supremo, onde a ministra Rosa Weber fica, também transparece a destruição coordenada pelo grupo que invadiu a área dos Três Poderes. O local também estava cheio de água.
No Palácio, a sala de Janja foi destruída. Cadeiras, mesas, documentos e área de café foram danificadas durante a ação de milhares de criminosos. Além disso, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) foi um dos setores atingidos pelos bolsonaristas. Ainda no Palácio, da Sala de Armas do GSI, armas letais e não letais, munições e documentos foram roubados.