1ª Reunião sobre vigilância no trânsito nacional e internacional de animais e produtos pecuários
Na abertura da 1ª Reunião sobre vigilância no trânsito nacional e internacional de animais e produtos pecuários, realizada no dia 4 de dezembro, na sede da FAESP, Júlio Cesar Augusto Pompei, coordenador da Panaftosa afirmou sobre a situação da febre aftosa e a última etapa do PHEFA na América do Sul e que as Américas livres de vacinação contra a febre aftosa não é um sonho impossível, uma "quimera", mas futuro próximo. Disse que, para tanto, os serviços sanitários sul americanos estão se reunindo com a iniciativa privada de seus países, para campanha de vacinação na Venezuela. "É um projeto que o Brasil tem interesse estratégico por causa da fronteira, e todo o investimento feito na erradicação da aftosa é principalmente para obtermos maior segurança na região. Nós temos que interromper a circulação do vírus da aftosa na região (Colômbia e Venezuela). E, obviamente, dar condições ao setor privado e ao serviço veterinário oficial da Venezuela para realizarem trabalho de longo prazo na erradicação e prevenção da doença", diz. O Brasil não apresenta um foco da doença, desde 2006, e estudos do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) mostram que o gado pode prescindir da vacina, após cinco anos.
Pompei reiterou quer o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) está coordenando, por determinação dos países membros da Comissão Sul Americana da Luta Contra febre aftosa (Cosalfa), um plano de vacinação contra a doença no rebanho bovino e bubalino da Venezuela, durante dois anos, podendo ser prorrogados por mais dois anos. Para tanto, buscará a criação de um fundo privado para empregar nas ações de defesa, como a contratação de vacinadores, aluguéis de carros para campanhas de vacinação, compra de pistolas para aplicação das vacinas e estruturação da cadeia de frio para a conservação das vacinas. Os países buscarão apoiar as ações com o envio de profissionais e doação de vacina contra a doença.
Na abertura do evento, o Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, Fábio Meirelles disse que a vigilância no trânsito animal e internacional de animais e produtos pecuários tem sido preocupação constante da instituição, que vem realizando um trabalho profícuo neste sentido com o CNPC - Conselho Nacional de Pecuária de Corte.
Declarou que a FAESP defende a antecipação do status de área de livre aftosa sem vacinação e a criação de um fundo privado, com fins indenizatórios e educacionais, seguindo os exemplos dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.
Presentes na abertura do evento representantes do MAPA, FAESP, SAA, CDA, FONESA: Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, Presidente da ABCZ; Sérgio Rocha Muniz, Diretor Presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Amazonas - ADAF; Inacio Afonso Kroetz, Diretor Presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná; Fernando Gomes Buchala, Coordenador de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Mario Sergio Tomazela, Coordenador Substituto de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo; Luiz Alberto Rincoski Faria, Diretor-Presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina; Judi Maria da Nóbrega, Diretora Substituta do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Guilherme Henrique Figueiredo Marques, Diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luciano Chiochetta; Diretor Presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal; e Júlio César Augusto Pompei, Coordenador da Cooperação Técnica do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa).