A profissão Corretor de Seguros irá desaparecer?
O século XXI chegou com a promessa de que as novas tecnologias que surgiram no final do século anterior e as que viriam a aparecer -e, de fato, apareceram e continuam aparecendo- no começo deste, transformariam o modo de viver das pessoas.
E deveras transformou! Se para melhor ou para pior, isso é outra discussão. O fato é que, nos dias atuais, raras são as pessoas que não estão na internet, que não possuem um perfil em alguma rede social e que, quando estão em busca de algo, não recorrem ao Google ou a alguma outra ferramenta de pesquisa online.
Também são raras as marcas, os vendedores e os produtos que não estão ativamente participando deste mundo cibernético. É lógico que muita gente ainda prefere a compra física, o ritual de ir à loja para escolher pessoalmente o seu produto, e não através de uma tela de computador ou smartphone. Mas o online tem dominado cada vez mais o modo como se relacionam vendedores e consumidores.
Trazendo essa realidade para o mundo dos corretores de seguros, nos deparamos com o seguinte: o corretor é geralmente aquela pessoa especialista em algo, que é boa de papo, que gosta de fazer negócio, que tem grande poder de convencimento, que domina a linguagem e a retórica para conseguir mais vendas etc.
Como fazer, então, para que estes mesmos corretores, tão bons em vendas offline, entendam que o mundo avançou, que as maneiras de se fazer negócio são outras e que estar presente na internet e dominar estratégias de Marketing Digital são, eu não diria nem mesmo importantes, mas sim necessárias para a sobrevivência da profissão?
Claudia Simplicio, 36 anos, é CEO da empresa Ragaz Assessoria e Treinamentos. Claudia trabalhou durante 6 anos como corretora de seguros e, hoje, à frente da empresa cujos sócios são os mesmos desde a época em que corretora, dedica-se basicamente a ensinar Marketing Digital e assessorar corretores de seguros.
Claudia sentiu na pele o que não se modernizar poderia causar. Em 2011, sua corretora quase declarou falência, no entanto, "aprender e aplicar as técnicas do Marketing Digital foram a virada do jogo. A partir daí, eu me encantei com esse mundo e resolvi que iria ensinar a outros corretores também."
Claudia Simplicio desenvolveu o método chamado TOP CORRETOR. Este é um treinamento desenvolvido por ela para que as corretoras de seguros possam "substituir aquela venda tradicional por uma venda moderna. E a venda moderna é baseada em utilizar as tecnologias e as automações que essas tecnologias trazem", completou Claudia.
É importante aclarar que, muitas vezes, o método boca a boca e o telefone serão importantes para fechar uma venda e fidelizar um cliente. Mas é inegável que o alcance que os novos sistemas de automação conseguem ter é incomparavelmente maior, e que os resultados que eles podem gerar para uma corretora são igualmente maiores do que conseguem corretoras que utilizam apenas os métodos "tradicionais".
Tendo isso em mente, Claudia acaba de lançar um workshop inédito e gratuito com o tema: "Descubra como ser uma das Corretoras que sobreviverão à nova era!"
E essa nova era é justamente a Era Digital. Cujos protagonistas são as redes sociais, as ferramentas que aumentam o alcance dos conteúdos e das vendas que são feitas na internet e as pessoas sentadas nas cadeiras em frente aos seus computadores ou com seus celulares em mãos, seja divulgando estes produtos, seja consumindo-os.
Isto é, o corretor em si continuará tendo sua importância, se ele se enquadra nos novos padrões. Claudia diz que "todos os processos onlines irão facilitar trâmites como comunicação com o cliente, transmissões de propostas e a realização de cotações, mas sempre há uma pessoa por trás de tudo isso para produzir, sejam análises mais complexas, sejam conteúdos persuasivos".
Claudia se refere a que, aliando a capacidade e a criatividade para produzir bons conteúdos para as redes sociais, sites e blogs, com o poder de alcance que a internet possibilita, a corretora tem tudo para desempenhar um ótimo trabalho e conseguir vender cada vez mais seguros.
Além disso, vendas que envolvam valores altos, dificilmente serão concretizadas de maneira 100% online. Claudia indaga: "se eu sou a dona de uma empresa e vou fechar um contrato no valor de 1 milhão de reais, eu vou aceitar fechá-lo sem ter um ser humano me auxiliando?"
E, realmente, em muitos negócios, a interação humana é necessária para transmitir confiança ao cliente, mas o cliente pode ter chegado até o corretor através do mundo online. Muito provavelmente, se não estivesse presente na internet, o cliente sequer conheceria a corretora com a qual fechou negócio.
E quando nos referimos a pequenas vendas, seguros mais acessíveis, a venda 100% online é mais fácil de ocorrer. O que, repetindo, não significa que não há uma pessoa por traz, alinhando as estratégias de Marketing que vão desde conseguir potenciais clientes e persuadi-los, até a concretização da venda.
Para fechar, a pergunta do milhão: A profissão Corretor de Seguro irá desaparecer? Claudia é bastante clara: "para sobreviver, o corretor deve ser relevante tanto para a seguradora quanto para o cliente final. E essa relevância só será alcançada se ele vender bastante; se for vantajoso para a seguradora tê-lo como parceiro. Caso contrário, ela mesma fará o serviço."
E para o consumidor final, isto é, para quem irá comprar o seguro, ele deverá transmitir confiança. A seguradora, sentindo que o corretor lhe é relevante e transmite ao consumidor final a confiança que ela não conseguiria transmitir, continuará fazendo essa parceria com corretoras.
Quem corre mais risco, segundo Claudia, são os corretores que atuam como pessoas físicas, ou pequenas corretoras "uma pessoa sozinha consegue vender muito menos do que um time dentro de uma corretora. Mas se ele se atualizar e começar a aprender estratégias e a conhecer ferramentas de Marketing, nada impede que este seja o começo de uma grande corretora no futuro".
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