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Assessores de investimento - Conflito de interesse pode prejudicar investidor

Consultores do mercado financeiro indicam pensando mais nos seus faturamentos e menos nos clientes

28 abr 2017 - 17h17
(atualizado em 29/4/2017 às 12h36)
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O conflito de interesse entre os assessores de investimento ocorre no momento em que o mesmo atua como vendedor ou prestador de serviços, sendo remunerado pelo produto e não pelo cliente. A maioria dos assessores de investimento ganham sobre os produtos, ou seja, pelos investimentos que este oferecem. Assim, nada é pago diretamente, e os assessores recebem comissões pelos investimentos sugeridos. Além disso a ligação entre o assessor e a plataforma dificulta a conhecer produtos melhores. "Normalmente o assessor está ligado à uma plataforma de investimentos, seja banco, corretora, distribuidora, e por muitas vezes só conseguem sugerir os investimentos que estão disponíveis através dessas instituições, o que pode gerar uma limitação de opções ao próprio cliente, mesmo que sejam disponibilizados outros investimentos de terceiros, o cliente acaba concentrando seus investimentos através dos disponíveis na plataforma", diz Fernando Marcondes.

Foto: DINO

Um exemplo de como funciona na prática a remuneração através de comissão recebida do produto, é comentado por Marcondes, e este ganho para corretora, envolve o faturamento. "Se um investidor virar cliente de um assessor de investimentos em uma grande corretora, a corretora disponibiliza diversos produtos de investimentos na sua plataforma para o assessor sugerir aos seus clientes. A receita da corretora varia muito dependendo do produto que o cliente escolher. Uma destes faturamentos é a comissão recebida pela distribuição de alguns produtos, ou seja, um percentual sobre o montante investido pelo cliente através de sua plataforma, que recebe o nome de "rebate". Este percentual também varia muito de acordo com o produto que o cliente investir. Por sua vez, o assessor tem um acordo com a corretora onde ele recebe um percentual da receita que a corretora obteve com os clientes que ele indicou e aplicaram nos investimentos que ele sugeriu, sendo este o rebate", explica o planejador financeiro do Grupo GGR.

Neste caso, é possível notar que ambos, corretora e assessor, são remunerados de acordo com os produtos que o cliente investiu. "Para entender melhor como funciona esse caso do rebate, é só imaginar um fundo que cobra 2% ao ano de taxa onde a corretora recebe 0,5% ao ano de comissão - aqui seria o rebate - sobre o montante investido neste fundo através de sua plataforma. No segundo fundo é cobrado 1% ao ano de taxa, onde a corretora recebe 0,25% ao ano de comissão - sendo também rebate - sobre o montante investido neste fundo através de sua plataforma. O assessor tem um acordo com a corretora de receber 50% de comissão sobre os investimentos alocados pelos seus clientes, e com isso, receberia respectivamente 0,25% ao ano sobre os investimentos de seus clientes no primeiro fundo, e 0,12% no segundo fundo", comenta Marcondes.

O conflito de interesse começa a ficar maior quando se imagina do que está sendo oferecido é benéfico a quem, já que a corretora precisa de ótimos faturamentos, e o assessor dos ganhos pessoais. "Este tipo de remuneração gera uma grande possibilidade dos conselhos do assessor serem em favor do que melhor lhe paga, e não necessariamente o que for mais adequado para o cliente. Entretanto, um planejador patrimonial que cobra contratualmente do cliente um valor fixo de 0,5% sobre os investimentos, de forma transparente, dá a entender que as suas escolhas serão em favor do cliente, pois a sua receita independe da plataforma que o contratante estiver, e quanto mais o patrimônio aumentar, maior será a remuneração do assessor, não existirá outro interesse e terá a visão de proteger o poder de compra", ressalta Fernando Marcondes, planejador patrimonial da GGR.

O assessor de investimentos é o profissional responsável por orientar os clientes em suas decisões na hora do investimento. Na teoria, ele usa seus conhecimentos técnicos e práticos para fazer a avaliação de objetivos, expectativas e as necessidades de cada cliente, sempre visando desenvolver e apresentar estratégias de investimentos adequadas ao perfil de cada cliente. Na prática, quando ambos os lados são motivados em direções opostas, a forma como o serviço é prestado pode ser muitas vezes distorcida. "O assessor que é remunerado de diferentes formas e percentuais de acordo com produto, pode ser influenciado na definição do planejamento financeiro de seu cliente e poderá acabar prejudicando o mesmo", afirma Marcondes.

Ao contrário do assessor de investimentos remunerado por comissões, pagar diretamente um planejador patrimonial pelo serviço prestado não o fará perder dinheiro, mas sim, garantir que este tipo de assessoria realmente irá lhe representar os interesses do investidor, defendendo o seu patrimônio da maneira mais adequada e rentável possível. "Quando consultamos um especialista em investimentos, é importante saber de onde surge a remuneração pelos serviços prestados. Em muitos os casos, o investidor não quer pagar pelo serviço, porém, acaba pagando mais caro, ou remunerando o prestador através de comissões pagas diretamente pelos produtos em que vai investir, muitas vezes de acordo com o que melhor remunera o seu assessor e não necessariamente o que for melhor ou mais adequado ao cliente", explica o planejador patrimonial. Uma consultoria de investimentos remunerada diretamente pelo cliente, evita a tentação de uma possível indicação com conflito de interesse, tornando assim seu planejamento financeiro ainda mais adequado para seu patrimônio. E a remuneração do profissional será sempre a mesma, independente do produto que você for investir.

"Não existe uma tabela que mostre o quanto será dado de rebate para o assessor. O que não é esclarecido para o investidor, está no quanto o seu assessor realmente ganhará sobre os investimentos dele, que podem até superar 3% sobre o montante", comenta Fernando Marcondes.

Na estruturação de um produto de investimento, há vários prestadores de serviço remunerados no meio do caminho, até chegar na mão do investidor, vários profissionais serão pagos. "O assessor acaba oferecendo o que está disponível, que normalmente é o que mais remuneram todos os prestadores, ao invés de colocar o investidor em um lugar mais adequado onde ganharia mais e pagaria menos", conclui o planejador financeiro do Grupo GGR.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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