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Banco de áreas verdes leva oportunidades a quem preserva

20 ago 2018 - 14h35
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De acordo com o Serviço Florestal Brasileiro, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, 92% das áreas rurais registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) estão irregulares no quesito Reserva Legal. Isso significa que poucos proprietários conseguiram cumprir sua obrigação de manter uma fração da propriedade preservada.

Foto: DINO / DINO

Paralelamente, proprietários de áreas preservadas, onde não são desenvolvidas atividades agropecuárias, não costumam obter aproveitamento econômico com a preservação. Ou seja, arcam sozinhos com os custos de manter a floresta em pé. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as áreas mais preservadas do Brasil costumam ser aquelas com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixo, o que significa que a preservação costuma estar atrelada à pobreza.

Em razão do desencontro entre demanda e oferta dessas áreas, empresas e instituições públicas têm criado bancos de áreas verdes. O CEO de uma das principais plataformas neste segmento, Yuri Rugai Marinho, explica onde estão as oportunidades e desafios deste mercado bilionário.

1. Quais são os objetivos do banco de áreas verdes?

Queremos levar oportunidades de aproveitamento econômico para proprietários preservacionistas. A atividade remunerada de preservação gera fluxo de dinheiro para áreas tradicionalmente pouco desenvolvidas economicamente e contribui para o cumprimento das políticas ambientais brasileiras e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável apontados pela Organização das Nações Unidas.

Pretendemos ser reconhecidos como o maior e mais eficiente banco de áreas verdes do mundo, responsável por uma grande transformação ambiental e econômica no Brasil.

2. Quem são os clientes?

A ECCON Soluções Ambientais presta serviços de regularização e consultoria ambiental para empresas nacionais e multinacionais nos segmentos do agronegócio, incorporação imobiliária, distribuição de energia e indústria alimentícia, dentre outros.

No segmento da compensação ambiental, no qual o banco está inserido, a confidencialidade das informações é um tema sensível porque as empresas e proprietários de áreas irregulares estão sujeitos à fiscalização. Ou seja, estão buscando áreas para se regularizarem, mas não podem se expor devido ao risco de sanções e da exposição à opinião pública. Por isso, somos rigorosos com a segurança das informações.

Nossa equipe atende, diariamente, proprietários de todo o Brasil que estão oferecendo suas áreas, bem como empresas, investidores, escritórios de advocacia e consultores técnicos que estão buscando oportunidades de aquisição ou servidão.

3. Como os proprietários são cadastrados?

Nossa equipe realiza uma análise preliminar de cada propriedade. Os proprietários enviam informações, documentos, planilhas e uma autorização expressa para a inclusão.

Não cobramos esses serviços porque queremos prestigiar os proprietários preservacionistas. Investimos na tecnologia da plataforma, nos profissionais habilitados para operá-la e para analisar informações e documentos das áreas. Nossos ganhos ocorrem mediante uma participação no êxito do aproveitamento econômico, seja a venda ou a servidão ambiental.

4. Quais os negócios realizados?

Os negócios variam conforme as necessidades dos clientes. Uma empresa do agronegócio, por exemplo, pode necessitar de áreas preservadas para cumprir suas obrigações de Reserva Legal.

Em outro caso, uma incorporadora ou distribuidora de energia pode estar necessitando de áreas verdes para oferecer como compensação ambiental em processo de licenciamento de empreendimentos.

Ou ainda, investidores podem estar buscando áreas preservadas e irregulares, com preços reduzidos, para incluir em seu portfólio e trabalhar sua valorização ou para oferecê-las como garantia em transações.

5. Quais as oportunidades?

São inúmeras. A começar pelos proprietários e posseiros preservacionistas, há oportunidade real de transformar a preservação em negócio rentável por meio da servidão ambiental, pela qual recebem uma remuneração e assumem a obrigação de proteger a floresta por um determinado período.

Empresas e proprietários que estão irregulares quanto à Reserva Legal, por sua vez, têm a oportunidade de se regularizarem com custos menores mediante aquisição ou servidão ambiental nessas áreas. Isso porque o custo de constituírem Reserva Legal em suas áreas, o que geralmente envolve plantio e recuperação, tende a ser mais alto e mais complexo.

Da mesma forma, empresas em processo de licenciamento ambiental podem encontrar opções mais céleres e baratas de compensação. É comum os órgãos públicos exigirem recuperação de áreas degradadas ou plantio compensatório, o que implica processos complexos e custosos de seleção de áreas, contratação de empresas, plantio, monitoramento, segurança etc.

6. Quais são os desafios?

Os trâmites de compensação ambiental exigem assessoria técnica, jurídica e financeira, pois envolvem análise de documentos, mapas, dados georreferenciados, bem como o gerenciamento de riscos.

Além disso, podem necessitar de aprovação de órgãos públicos. Consequentemente, há risco de morosidade e de entraves.

Especificamente no mercado de servidão ambiental, identificamos, também, uma barreira cultural que tem reduzido a velocidade da expansão desse instrumento: proprietários e empresas, tradicionalmente, esperam ter a titularidade e a posse das áreas de compensação ambiental.

Como o instituto da servidão ambiental pressupõe que o proprietário não transfira a sua titularidade, ou seja, não é realizada uma venda, há empresas e empresários que preferem a operação tradicional de compra. Todavia, não analisam as vantagens de compartilhamento de responsabilidade, desnecessidade de imobilização do capital, oportunidade de pagamento diluído, dentre outras.

7. Como é feita a monetização?

O projeto do banco de áreas verdes é resultado do nosso constante esforço financeiro e intelectual em inovação e democratização de informações e serviços. Já temos outro projeto de sucesso chamado Auditoria no Brasil , pelo qual já apoiamos centenas de usuários a realizarem auditorias online gratuitas.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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