Black Friday 2019: como evitar golpes nas compras realizadas nessa época do ano
Importada dos Estados Unidos, a Black Friday é um evento anual que acontece no dia posterior ao de Ação de Graças e marca o início do período de compras de Natal. A data é uma das mais movimentadas do ano, principalmente por ser caracterizada por promoções e preços bastante atraentes para produtos eletrônicos, livros, eletrodomésticos e outros produtos vendidos no varejo.
No Brasil, as megaofertas começaram na internet e, nos últimos anos, ganharam mais aderência no comércio físico, nas ruas e shoppings. No entanto, o ano de 2019 marca uma novidade. Segundo uma pesquisa de tendência feita pelo Google em parceria com a consultoria Provokers, o número de consumidores online deverá se igualar ao de compradores de lojas físicas.
Os consumidores com intenção de realizar compras de maneira multicanal saltou de 7% no ano de 2018 para 25% em 2019. Entre os produtos que possuem maior intenção de compra durante o período, pode-se destacar um grande interesse por produtos eletrônicos.
Brasil e a sombra da Black Fraude
Nem sempre a Black Friday teve credibilidade no mercado. Conhecida pelo apelido nada convidativo de "Black Fraude", o evento ainda costuma ser associada com as más práticas realizadas antes da criação de órgãos de fiscalização. A denominação foi criada tanto para designar as propagandas enganosas, falsas promoções e descontos nos produtos, quanto os golpes recorrentes que acontecem durante o evento. Portanto, esse pode ser um dos motivos que levaram ao aumento das vendas nas lojas físicas, pois há mais garantias e meios para assegurar a compra da mercadoria. A seguir, serão explicados quais são os tipos de golpes mais comuns que ocorrem na data e quais medidas podem ser tomadas para evitá-los.
Descontos falsos
Todos anos, desde o começo das promoções de Black Friday no Brasil, são registradas milhares de reclamações no Procon sobre descontos enganosos. Uma prática comum é o aumento de 100% em um produto na véspera da data e, na sequência, oferecer um desconto de 50% ao consumidor. Chamada de "metade do dobro", a atividade engana os consumidores que acreditam estarem realizando compras vantajosas durante o período. O Procon é um órgão presente em todos os estados do país e realiza o monitoramento dos preços para evitar fraudes. Em São Paulo, por exemplo, foi criada, em 2013, uma lista dos e-commerces não considerados confiáveis. Além disso, o próprio consumidor pode avaliar se o estabelecimento já praticou uma fraude por meio de ferramentas que mostram o histórico dos valores cobrados pelo produto, como a Black Friday de Verdade. No site, é possível instalar uma extensão que promete mostrar os descontos reais proporcionados pelo evento e bloquear a exibição de promoções enganosas para os usuários.
Sites falsos
A utilização de sites com o layout parecido ou idêntico ao de empresas reconhecidas no mercado é uma forma comum de roubo de dados pessoais e bancários durante o período da Black Friday. Essas ações também são usadas pelos criminosos como uma forma de conseguir acessos e senhas, invadir computadores e aplicar golpes virtuais nos usuários. Porém, existem formas de descobrir se o site navegado é original e seguro. Para isso, é necessário verificar a URL, pois, caso seja uma página falsa, ela pode apresentar diferenças sutis quando comparada com a verdadeira. As distinções mais comuns são a troca de letras minúsculas por maiúsculas, ou vice versa, utilização de números no lugar de letras e inserção de letras a mais no domínio, como www.casaasbahia.com.br. Outra forma de evitar os golpes é realizar as compras em sites que apresentam o cadeado na barra de endereços. O símbolo indica que o usuário está conectado ao website indicado na barra de endereço, ou seja, a conexão não foi interceptada.
Golpes do boleto falso por e-mail
Prática comum no Brasil, a utilização de boletos falsos para causar danos financeiros a consumidores tem crescido bastante nos últimos anos. São utilizadas inúmeras artimanhas para atrair as vítimas a realizar o pagamento da fatura. As formas mais comuns são a manipulação do código de barras, em que são realizadas alterações nos dados presentes no documento e o envio de faturas supostamente emitidas por órgãos públicos. A alteração automática dos dados, como da conta de destino de valores, pode ocorrer pela infecção da máquina do usuário por um vírus, conhecido como bolware. Nessa situação, o dinheiro que seria enviado ao credor é desviado para a conta de terceiros. Dessa maneira, caso o consumidor perceba que há uma contaminação por vírus em sua máquina, recomenda-se a realização de uma limpeza e, em seguida, solicitação da segunda via da cobrança ao emissor. Assim, o antivírus é uma ferramenta importante para manter os consumidores protegidos das ameaças.
Boleto registrado protege lojistas de golpes
A Nova Plataforma de Cobranças, instituída pela FEBRABAN (Federação Nacional dos Bancos), foi desenvolvida para modernizar o sistema de emissão de boletos. Agora, as cobranças realizadas por meio de boleto são registradas no sistema bancário, fator que busca mitigar os erros que ocorriam no processo de pagamento da fatura e armazenar os dados de todos os documentos emitidos no país. Dessa maneira, aconselha-se ao consumidor realizar pagamentos por meio de instituições de pagamento, como da Gerencianet. A empresa oferece um sistema intermediador de pagamentos, que oferece maior segurança, pois em toda cobrança registrada pela plataforma é necessário fornecer os dados do sacado, CPF ou CNPJ do cliente que efetuará o pagamento. Além disso, qualquer alteração realizada pelo emissor é avisada imediatamente ao banco, como a data de vencimento ou cancelamento, mitigando assim as falhas no processo. A plataforma também possibilita o envio de cobranças por meio de WhatsApp ou e-mail, fator que pode ajudar na diminuição da inadimplência.
Website: https://gerencianet.com.br/