Brasileiros estão mais interessados em vinhos portugueses

O interesse pelo vinho português teve um grande crescimento, segundo Tony Smith da empresa Lima & Smith. Apesar dos vinhos de Smith marcarem presença em todos os eventos desde a primeira edição, 2018 foi o primeiro ano em que o produtor esteve presente pessoalmente.

Segundo dados, Portugal ocupa a segunda posição como maior exportador mundial, depois vem o Chile que passou à frente da Argentina. A pretensão dos produtores portugueses é conquistar o aumento do valor médio das garrafas comercializadas no Brasil.

Portanto, para que esse aumento venha acontecer, é preciso, antes, explicar a razão por que o vinho não pode, em algumas situações, custar tão pouco. Tony Smith diz que procura mostrar imagens da Quinta da Boavista no Douro, e que todo o trabalho é realizado manualmente, ou seja, não fazem uso de nenhum maquinário.

Para desenvolver todo esse processo, são utilizados terraços que medem de seis a sete metros de altura. O trabalho é bastante difícil, então, é a partir desse momento que as pessoas passam a entender os motivos que levam os vinhos da Boavista não serem baratos.

Da mesma forma pensa o produtor Jorge Seródio Borges que, em parceria com sua esposa, Sandra Tavares da Silva, são proprietários da Wine and Soul. Segundo ele, é necessário apresentar os vinhos portugueses ao consumidor, pois eles devem conhecer a qualidade da bebida que leva a garrafa, esclarecimento que pode contribuir para o cliente pagar um pouco mais.

Dados apontam que este evento beneficia muito o Brasil, principalmente em tempos de crise

De acordo com Carla Salomão, que atua no mercado há mais ou menos 17 anos e é responsável da Azavini, representante de 14 produtores portugueses no Brasil que vem fazendo ponte entre eles e os importadores, este evento é de grande importância para a cidade do Rio de Janeiro e, principalmente, para a economia Brasileira.

Carla afirma que há alguns anos atrás a dificuldade para falar de vinho português era imensa, pois as pessoas só tinham conhecimento do vinho do Porto e do vinho Verde, não sabiam nada sobre o que era a indústria vinícola em Portugal.

Segundo ela, hoje está mais prático falar do assunto, portanto, ainda existem diferentes níveis. Carla garante que o Brasil tem excelentes conhecedores, pois entra vinhos do mundo todo no país, o que levou o público a ampliar o seu conhecimento em relação à bebida. Antigamente, os consumidores davam muito importância para os vinhos da Itália, França, Espanha, porém, atualmente, Portugal ganhou tamanha consideração por parte dos brasileiros.

Carla termina concluindo que o evento com o vinho de Portugal é de suma importância para o Brasil, como já havia mencionado anteriormente. Já Tony diz que muitas pessoas afirmam não gostar da acidez dos vinhos, mas ele, por sua vez, explica que os produtores procuram esclarecer que essa característica é concernente e pode ser mais agradável se o vinho acompanhar uma boa refeição.

Conforme os dados acima, fica claro o quanto cresceu a preferência pelo vinho português, porém, vale lembrar às pessoas interessadas em comprar a bebida que, hoje, é possível comprar por meio de diversos sites disponíveis na internet.

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