Cerca de 20% das crianças em idade escolar têm problemas oculares
Dificuldade em ler e copiar o que o professor escreveu no quadro, queda no rendimento escolar e queixa de dores de cabeça ao final da aula são alertas importantes de que a saúde ocular infantil precisa de mais atenção.
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de problema visual. Por isso, pais e professores devem ficar atentos aos sinais e buscarem ajuda médica o mais rápido possível.
"Em casa, deve-se observar se a criança está sempre muito próxima da TV, franzi a testa para enxergar algo de longe e se há falta de interesse por objetos distantes. Já na escola, os educadores podem notar se o aluno está com dificuldades no aprendizado, se há mudanças comportamentais, como falta de interesse no estudo e troca de carteiras, chegando cada vez mais perto do quadro", enumera Dr. Tiago Ribeiro, oftalmologista do Visão Hospital de Olhos.
De acordo com o especialista, as alterações visuais mais comuns nesta fase são os erros refrativos: miopia, astigmatismo e hipermetropia. "O estrabismo é, também, um problema muito comum em crianças. É importante destacar que essa doença apresenta um grande risco de danos irreversíveis à visão, se não tratada corretamente", ressalta.
Dr. Tiago explica que o diagnóstico de doenças oftalmológicas em crianças é muito complicado, já que elas não sabem identificar os sintomas e, por isso, não costumam reclamar. "A maioria das alterações oculares é identificada na consulta com o oftalmologista. Desta forma, é fundamental uma avaliação logo após o nascimento (o teste do olhinho) e outra aos 6 meses de idade. A partir de então, a consulta é semestral até os dois anos e após essa fase as visitas são anuais. Claro que essa frequência pode mudar caso os exames detectem algum problema", conclui o médico.
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