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Coelho não pode ser associado como presente de Páscoa para as crianças

O coelho foi atrelado a esta data comemorativa porque se reproduz rapidamente, simbolizando a fertilidade e vida nova.

16 abr 2019 - 12h45
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Uma vez por ano, a mídia nos faz lembrar que a Páscoa está chegando. Os ovos de chocolate se transformam na estrela da festa. Mas, o verdadeiro significado da Páscoa simboliza uma vida que está surgindo. Para os cristãos, representa o mistério da ressurreição de Jesus Cristo, ressalta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).

Foto: DINO / DINO

Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a troca de ovos começou a fazer parte da Semana Santa. Os cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da ressurreição de Cristo. Naquela época, as pessoas trocavam ovos de galinha decorados. A tradição dos ovos de chocolate começou na França e, a partir do século XIX, os ovos doces tomaram conta da comemoração.

A tradição do coelho da Páscoa surgiu no século XVI, na Alemanha. Os alemães trouxeram o hábito para a América no século XIX. O coelho foi atrelado a esta data comemorativa porque se reproduz rapidamente, simbolizando a fertilidade e vida nova.

"Como todo animal de estimação, jamais poderá ser adotado para servir como um brinquedo para as crianças" enfatiza Vininha F. Carvalho. De acordo com médicos-veterinários, antes de adquirir um pet, as famílias devem avaliar cautelosamente se possuem estrutura, orçamento e rotina que permitam criar, com bem-estar e saúde, esse animal que vive de seis a dez anos em ambiente doméstico.

A médica-veterinária Cristina Maria Pereira Fotin, membro da Comissão de Médicos-Veterinários de Animais Silvestres do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), explica que deixá-los em gaiolas causa sofrimento, uma vez que impede que eles se movimentem e locomovam atendendo à sua natureza.

"Os coelhos podem apresentar problemas nas articulações, obesidade e desvios de comportamento, como lambeduras que levam a problemas de pele", ressalta Cristina, que indica a necessidade de um viveiro, com área para tomar banho de sol e abrigo para que o animal possa se recolher para descansar ou se proteger de algo que possa assustá-lo.

O ambiente do animal também deve contar com madeira para que possam roer outro comportamento inerente à espécie. É indicado deixar à disposição do animal pedaços de troncos ou galhos de laranjeiras, goiabeiras ou de outras árvores frutíferas, sempre in natura, nunca madeiras envernizadas.

A alimentação é outro tópico que merece atenção, pois nem só de ração vive um coelho. Folhagens com talos, frutas e legumes devem fazer parte da dieta, a qual precisa ser definida com orientação de um médico-veterinário.

Por não se atentarem às necessidades específicas dos coelhos antes de adquiri-los como pets, muitas famílias acabam negligenciando nos cuidados e, pior, abandonando o animal, o que configura crime, previsto na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais).

Website: https://www.revistaecotour.news

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