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DINO

Como as consultorias podem apoiar grandes empresas em meio à pandemia do Coronavírus

11 ago 2020 - 08h42
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Carlo Capè, CEO Global do Grupo Bip, falou em entrevista ao canal CNBC sobre a recente aquisição da Chaucer, consultoria britânica que acaba de entrar para o Grupo Bip. 

Foto: DINO / DINO

Capè explicou que a expansão internacional que vem sendo realizada pela Bip torna-se necessária diante de um cenário de clientes multinacionais. Ainda, essa estratégia se reafirmou mais fortemente diante do contexto do Brexit, que se consolidou como uma oportunidade de expansão da companhia fora da Europa.

A Bip vem desempenhando um papel crucial nesse momento de transição causado pela pandemia do coronavírus, na qual cada vez mais as empresas necessitam de auxílio nos projetos de reestruturação tecnológica e organizacional. A seguir, a entrevista completa:

Chaucer: uma aquisição em meio à pandemia?

A parceria com a Chaucer é apenas um dos elementos mais recentes da profunda transformação que a BIP iniciou em 2018. O plano de expansão com a Chaucer, além de consolidar e potencializar a existente presença no Reino Unido feita da Anagram e da BIP UK, também vai posicionar a Bip mais forte nos Estados Unidos. Com esse movimento estratégico, as operações internacionais passaram a representar 35% do grupo e a Bip se tornou uma das consultorias líderes também no Reino Unido. Esse se torna um novo e importante desdobramento para a BIP, que faz com que, pela primeira vez, a empresa seja um dos players mais importantes em um mercado europeu fora da Itália.

Por que o interesse no Reino Unido, em vez de outros países europeus, apesar do Brexit?

A subsidiária britânica sempre foi estratégica para a BIP. Assim, com essa operação, torna-se o escritório mais importante depois da Itália em termos de número de funcionários e faturamento. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha são os berços da consultoria. Enquanto esse setor contribui apenas em torno de 0,2% do PIB na Itália, os números de 1,3% nos EUA e 0,8% no Reino Unido abrem cenários e perspectivas de mercado completamente diferentes.

Para a BIP, ter presença relevante nesses mercados representa um novo desafio e uma grande oportunidade para evoluir ainda mais e amadurecer como um player internacional. Portanto, esta operação  permite que a Bip realize o potencial internacional não somente europeu.

Por que decidiram fazer um acordo tão desafiador em um momento em que o mundo está enfrentando tanta incerteza com a Covid-19?

A pandemia da Covid-19 adiou ou cancelou cerca de 80% das operações de fusões e aquisições no mundo.

Ficou decidido ir contra a maré, pois a empresa estava convencida e confiante pela resiliência demonstrada no nosso setor em meio à pandemia, e acredita que a longa duração da crise da Covid-19 exigirá uma revisão completa dos modelos e cadeias de valor de todos os principais setores industriais. Isso exigirá grandes esforços organizacionais e tecnológicos, e a consultoria terá um papel muito relevante no estágio de recuperação e posteriormente. Portanto, a Bip achou certo continuar a expansão internacional, que, na fase pós-Covid, permitirá ter uma presença maior e mais global, estando muito mais bem posicionada para ajudar os clientes internacionais. Ficou decidido, no entanto, concretizar aquela que é a maior aquisição já realizada pela BIP, assumindo uma das principais empresas totalmente independentes de consultoria britânicas.

Obviamente, concluir a operação exigiu um enorme esforço criativo, visando minimizar riscos e fechar um acordo com a Chaucer que fosse sólido para ambas as partes.

Como essa transação se encaixa na estratégia de expansão internacional do grupo? O que isso implicará no futuro imediato e quais são as perspectivas a longo prazo?

O encontro com a Chaucer levou a uma mudança inesperada de estratégia que não fazia parte dos planos da Bip. Até o final de 2019, o roadmap previa uma fase inicial de expansão e consolidação na Europa, a fim de expandir para os Estados Unidos como uma etapa final. No entanto, a prioridade agora é desenvolver o mercado americano e, em seguida, concluir e consolidar o mercado europeu em uma segunda fase.

Por que, dentre tantas empresas em potencial, a Chaucer foi a escolhida? E o que a BIP ofereceu para torná-la um parceiro ideal para a Chaucer?

Foram estabelecidas metas muito ambiciosas na busca por potenciais empresas a se juntar a BIP. Portanto, não foi por acaso que se passou quase um ano e meio desde que a Apax ingressou na estrutura da consultoria italiana, com o objetivo de impulsionar o crescimento e acelerar o desenvolvimento internacional. A Chaucer é a escolha certa, devido ao seu foco nos clientes, com os quais construiu relacionamentos a longo prazo. Além disso, possui grande conhecimento nos setores em que atua e preza por uma cultura de atenção às pessoas e pelo empreendedorismo.

As culturas latina e italiana encontram a cultura anglo-saxônica nessa situação. Como prosseguirá a integração no grupo?

Está previsto um processo de convergência na marca BIP, que também incluirá aspectos organizacionais. Na verdade, com esta operação, a Bip já obteve a primeira capitalização da nova marca, lançada há alguns meses.

A operação Chaucer é apenas a mais recente de uma série de evoluções na Itália e no exterior no último ano. Primeiro na Espanha, com a chegada de um grupo de consultores da KPMG, depois a aquisição da FBM Consultoria no Brasil, depois na Itália novamente, com os acordos que levaram à chegada da MeA Consulting e, mais recentemente, da Vidiemme. Qual o princípio que une todas essas operações em uma estrutura comum?

No exterior, além do decorrer dos desenvolvimentos nos Estados Unidos, a Bip está sempre atenta em consolidar o que já foi construído nos diversos países, juntando-se a empresas locais que podem fornecer entrada em novos setores industriais. A consultoria italiana concluiu uma série de operações desse tipo em 2019: no Brasil, com a aquisição da FBM, empresa com experiência no setor de serviços bancários, seguros e meios de pagamentos e na Espanha, onde um grupo de mais de 50 pessoas ingressou na BIP por meio de dois "spin off" da KPMG. No que diz respeito à Itália, por outro lado, os anos de crescimento e desenvolvimento da BIP foram animadores e, em apenas alguns anos, a Bip se tornou um dos maiores players, com presença em vários setores.

Portanto, a empresa continuará a desenvolver a oferta digital, expandindo ainda mais o portfólio de conhecimentos e almejando construir uma plataforma global que possa ser exportada para todos os países. No entanto, a Bip não para por aí. A consultoria anseia por continuar subindo rapidamente no ranking global das empresas de consultoria e integrar as 30 melhores empresas do mundo dentro de alguns anos.

Website: http://www.bipbrasil.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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