Como explicar os números negativos das empresas familiares?
É cada vez menor o número de empresas familiares que sobrevivem à terceira geração
Não é incomum encontrar empresas cujo comando vai passando de pais para filhos, os quais administram ou acompanham de perto a gestão delas. Isso é o que recebe a denominação de empresas familiares. Mas, nos últimos anos, seu número vem diminuindo.
De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade (CRC) de Sergipe, em texto publicado pelo site Jusbrasil, não é fácil manter este tipo de empresa aberta quando chega o momento da transição para a segunda e terceira gerações. Prova disso é que, matéria da Revista HSM Management publicada em 2003 já alertava que, a cada 100 delas, só 30 sobreviviam à mudança de bastão para os filhos e apenas 5 para os netos.
Conflito de gerações é a principal causa
Infelizmente é comum que os conflitos entre as gerações interfiram negativamente na administração do negócio. Desentendimentos e divergências de ideias podem tornar a situação insustentável, a ponto de resultarem na venda da empresa ou até no encerramento das atividades, dependendo da saúde financeira dela.
A solução para isso, de acordo com Domingos Ricca, sócio-diretor da Ricca e Associados, está no eficaz planejamento sucessório, preparando os herdeiros para, aos poucos, assumirem o comando de forma bastante responsável e profissional, conhecendo cada setor e/ou etapa do trabalho realizado.
Com isso, cada um dará a sua contribuição para o sucesso da marca, consolidando-a ainda mais: os mais velhos têm experiência e conhecimento sobre o negócio, ao passo que os mais jovens geralmente sabem mais sobre inovações de ordem técnica e tecnológica. O segredo é equilibrar estas visões para que a empresa lucre com isso.
Um caso de sucesso
O Solar do Imperador, com mais de 30 anos de existência e localizado em Porto Seguro - BA, está passando por este período de transição. Charbel Spinelli Tauil, neto dos fundadores do empreendimento, conta que seus avós eram empreendedores e que, ao se aposentarem, deram início às atividades do Solar.
Após o falecimento do patriarca, Ivan Rodrigues, Georgette começou a administrar o Solar em conjunto com os filhos e, meses depois, Charbel assumiu a diretoria geral junto com a avó.
De acordo com Tauil, é muito bom poder contar com a experiência e o apoio de Georgette, que relata também estar feliz por acompanhar de perto a evolução e o sucesso do neto como gestor, podendo ajudar a apontar caminhos e aconselhar sempre que surge alguma situação mais complexa ou atípica.
Segundo eles, quem ganha com tudo isso é o Solar, que a cada dia acumula mais avaliações positivas em sites especializados e tem construído a reputação de ser um dos melhores hotéis de Porto Seguro, contrariando qualquer estatística e chegando a terceira geração com muito sucesso.
Website: https://solardoimperador.com.br/hotel.html