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Cresce o número de empresas que adotam programas de Compliance em BH, segundo pesquisa da Amcham

Segundo levantamento da entidade, número subiu 30,6% de 2016 a 2017.

13 set 2017 - 17h45
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Com tantos casos de corrupção sendo deflagrados no Brasil, os programas Compliance são considerados por especialistas em gestão uma estratégia de prevenção e coerção desses casos. Para avaliar como as empresas estão se preparando nesse contexto, Câmara Americana do Comércio (Amcham BH) apresentou, durante o 2º seminário de Compliance realizado em Belo Horizonte, o resultado de uma pesquisa sobre a implementação de programas de Compliance nas empresas, realizada com mais de 100 executivos da capital mineira e região metropolitana em agosto e setembro de 2017.

Foto: DINO

Das empresas participantes, 70,6% afirmaram possuir um programa formal de Compliance, número que cresceu 30,6% desde a última pesquisa realizada no ano passado. Apesar de continuarem minoria, o número de empresas que têm um programa considerado maduro e implementado em todos os processos da organização cresceu notoriamente. Em 2016, essas empresas representavam apenas 16,1% dos entrevistados. Este ano, os programas maduros representam 34,7%, um aumento de 18,6%. Os demais, que totalizam 65,2%, afirmaram estar em estágio de implementação, com necessidade de avanços e pulverização nos demais processos da organização.

Questionados sobre a influência da Operação Lava-Jato na aceleração a implementação destes programas e gestão de risco em suas empresas, mais de 50% dos entrevistados alegaram que o episódio não interferiu na implementação dos programas. Apenas 10,7% acreditam que a Operação Lava-Jato foi um gatilho na aceleração dos processos, metade do resultado da primeira pesquisa, onde a categoria representava 20,6% dos entrevistados.

A entrada em vigor da Lei Anticorrupção em 2014, lei que pune empresas por atos de corrupção contra a administração pública, foi considerada por 70,1% dos empresários entrevistados um fator decisivo na mudança da conscientização sobre corrupção e as questões de Compliance nas empresas.

O Programa de Integridade do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), medida que pretende identificar, tratar e gerenciar os riscos de violação à integridade institucional para melhoria da governança também foi tópico da pesquisa de 2017, porém é pouco conhecido pelas empresas. Segundo a pesquisa, apenas 31% tem conhecimento sobre ele. As alternativas "pouco" e "não sei informar" tiveram 44% e 25% das respostas, respectivamente.

Os empresários também foram questionados sobre a importância da regulamentação do lobby no país, para a eficácia nos novos avanços de Compliance. Mais da metade dos entrevistados (53%) afirmaram que a regulamentação é prioridade para novos avanços no combate a corrupção. Os outros 47% se dividiram entre "secundário" (24%) e "não sei informar" (23%).

O gerente regional da Amcham BH, Rafael Dantas, avalia que debater o tema é extremamente importante, principalmente diante do momento econômico e político que o país passa. "Estamos trazendo com frequência para o mercado as melhores práticas e ideias e, principalmente, os desafios de se implantar o Compliance dentro das organizações. Fazer isso com cases e profissionais de vários segmentos é essencial para o progresso do ambiente de negócios e o mercado de trabalho em BH e região metropolitana", enfatiza.

Recentemente a Amcham BH promoveu o 2º Seminário de Compliance, onde renomados especialistas abordaram como as empresas devem reduzir as possibilidades de corrupção, aplicando as obrigações e regras corporativas, envolvendo todos os setores de uma organização. A capacitação das empresas nesse tema é considerada de extrema importância pela entidade em todo o país e por isso já realizou vários seminários e debates em diversas cidades do Brasil.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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