Dois licitantes disputam concessão do projeto Piauí Conectado, destaca Felipe Montoro Jens
A Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc) do Estado do Piauí espera que até o fim de novembro possa concluir o processo licitatório da Parceria Público-Privada (PPP) destinada a ampliar a rede de fibra óptica por todo o Estado, nomeado de "Piauí Conectado". A primeira fase da PPP aconteceu no último dia 30 de outubro, no auditório do Secretaria Estadual de Administração e Previdência (SeadPrev), no Centro Administrativo, no bairro São Pedro, na zona Norte de Teresina, reporta o especialista em Projetos de Infraestrutura, Felipe Montoro Jens. Na referida data, dois licitantes entregaram os envelopes apresentando suas propostas: a empresa Globaltask Tecnologia e Gestão; e o consórcio Linkintel, composto pelas empresas Intelit Processos Inteligentes e Fortel Fortaleza Telecomunicações.
A estimativa da Suparc é de que a licitação seja concluída em cerca de um mês, com análise detalhada dos documentos entregues pelos dois licitantes, a ser realizada pela Agência de Tecnologia da Informação do Estado do Piauí (ATI), detentora do conhecimento de tecnologia no Estado. A licitação acontece na modalidade de concorrência pública, ressalta Felipe Montoro Jens, e será julgada pela combinação dos critérios "melhor técnica" e "menor valor de contraprestação mensal" - com pesos de 50% para cada.
"Assim, será selecionada a proposta mais vantajosa para a celebração do contrato de Parceria Público-Privada, na modalidade de concessão administrativa, para a construção, operação e manutenção de infraestrutura de transporte de dados, voz e imagem, incluindo serviços associados para o Governo do Estado do Piauí", informou uma nota divulgada pela Suparc, que também destacou uma equipe para desenvolver estudos na área de fibra óptica.
A PPP
Felipe Montoro Jens destaca que, de acordo com o Governo do Piauí, a Parceria Público-Privada em questão prevê a instalação de 5.000 km de fibra óptica, que vão se estender por 98 municípios do estado. São esperados 1.500 pontos de acesso, que terão capacidade de 60 gigabytes. Com isso, espera-se tirar o Piauí da penúltima colocação no ranking nacional da inclusão digital, acentua o especialista em Projetos de Infraestrutura.
No entanto, a superintendente de Parcerias e Concessões, Viviane Moura, explicou que a intenção da PPP não é levar internet gratuita para a população, mas, sim, dar ao Estado uma rede que possibilite uma melhoria na prestação de serviços pelos órgãos públicos. A gestora acrescentou, ainda, que, paralelamente, a população poderá gozar de acesso rápido à internet de alta qualidade disponibilizada por essa mesma rede, via contratos com provedores privados, reporta Felipe Montoro Jens.
Segundo Viviane Moura, a PPP não contará com investimentos do Governo do Estado, mas, sim, do consórcio vencedor. A superintendente de Parcerias e Concessões enfatizou que, nesta PPP, o investimento será privado e que o foco não é a obra em si, mas sim o serviço a ser prestado. A partir da prestação dos serviços as empresas serão remuneradas, reproduz o especialista Felipe Montoro Jens.
"Então, elas ganham ao longo do tempo o que investiram no início do projeto, que visa levar a rede de fibra óptica para quase cem municípios e dotar os órgãos públicos de internet. E é por essa internet que o Estado vai pagar. Além disso, a concessionária poderá abrir espaço para que outros provedores aproveitem também essa rede de fibra óptica implantada para levar internet até as casas das pessoas, mas isso não é o Governo quem vai pagar", finaliza Viviane Moura.
Website: http://www.felipemontorojens.com.br