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DINO

É possível vencer o câncer sem perder os cabelos

Técnica da crioterapia capilar tem ajudado muitas mulheres a enfrentar o câncer de outra forma

1 out 2019 - 10h16
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O diagnóstico de câncer provoca grande impacto na vida de pacientes e familiares, sempre acompanhado de incertezas, mas também de uma boa dose de esperança. No caso das mulheres, há uma questão ainda mais sensível e muito relevante; a perda dos cabelos em decorrência da quimioterapia. O que pode até parecer uma mera questão de estética, na verdade é muito mais profundo. Estudos mostram que a queda de cabelo é um dos efeitos colaterais mais traumatizantes da quimioterapia e provoca danos que ultrapassam o aspecto visual. As consequências são graves e até podem gerar desistência do tratamento, além de quadros de depressão. No Brasil, milhares de mulheres estão tendo a oportunidade de evitar ou minimizar a queda de cabelo graças à crioterapia capilar por meio de um sistema de resfriamento do couro cabeludo chamado Touca Inglesa.

Foto: Paxman Brasil - Divulgação / DINO

Autoestima e identidade

No dia seguinte ao completar 27 anos, a servidora pública Michele Salek foi diagnosticada com câncer de mama e percebeu que dali em diante a vida traria grandes mudanças. Questões atreladas ao tratamento como congelamento de óvulos, retirada das mamas, quimioterapia, transfusão de sangue e radioterapia passaram a fazer parte da vida de Michele. Além dos desafios em curso, a possibilidade de perder o cabelo a preocupava constantemente.

"Quando soube que faria 16 sessões de quimioterapia e que poderia engordar e perder os cabelos, além de ter de retirar as duas mamas, sofri um baque. Meu oncologista apresentou a touca inglesa como alternativa para manter os cabelos e resolvi tentar. Eu não tinha noção do que enfrentaria quando comecei o tratamento e, ao longo dos meses, a manutenção da maior parte dos meus cabelos representou o elo de ligação que restava com minha identidade. Não ter de lidar com o fato de perder cem por cento do cabelo, naquele contexto, representou 'um problema a menos' para lidar.  Mantê-los, diante de tantas mudanças em meu corpo, foi essencial para preservar o mínimo da autoestima que me restava", conta Michele.

A modelo de 26 anos Lelly Cristie passou por dois grandes sustos ao ser diagnosticada com câncer. O primeiro, obviamente, com o baque da notícia e num segundo momento Lelly se deparou coma possibilidade de perder os cabelos durante o tratamento de quimioterapia.

"Uma das minhas maiores preocupações desde que fui diagnosticada era a quimioterapia. Eu tinha medo até de pensar! Quando ficou decidido que eu teria que fazê-la pra prevenir uma recidiva, corri logo para meu querido "Dr. Google" para ver alguma forma de evitar ficar careca. A gente já sofre muito durante o tratamento e manter o cabelo é sim muito importante! Usei a Touca Inglesa em todas as sessões e o mais incrível aconteceu. Isso mudou minha realidade porque eu ficaria careca em duas semanas. Mas passei meu tratamento todo bem cabeluda e quem me via jamais pensava que eu tinha câncer", relata a mineira de Divinópolis.

Michele e Lelly estão entre as mais de quatro mil pessoas que já realizaram este tratamento no Brasil. E como ele funciona? A crioterapia capilar é feita simultaneamente com a quimioterapia. A touca, conectada a uma unidade de refrigeração, é colocada na cabeça do paciente cerca de 30 minutos antes e mantida em torno de uma hora e meia após a infusão das drogas, dependendo do protocolo adotado. O sistema resfria o couro cabeludo a uma temperatura de 18°C. Com isso, diminui o fluxo sanguíneo nos folículos capilares e reduz a absorção dos fármacos na região. A Touca Inglesa foi criada em 1997, no Reino Unido, pela empresa Paxman, sendo a única tecnologia de crioterapia capilar no Brasil com certificação da FDA (agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA).

Além de pacientes, médicos e profissionais de saúde reconhecem que a queda do cabelo pode ser um fator determinante durante o tratamento. "Muitas mulheres recebem um diagnóstico difícil, passam por uma cirurgia de mama e ainda precisam lidar com a perda de cabelo no tratamento quimioterápico. Algumas pensam em desistir do tratamento por causa disso, daí a importância do uso da Touca Inglesa", afirma Daniel Gimenes, Oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO).

A terapia vem crescendo no Brasil e centros oncológicos de 14 estados, além de Brasília, já oferecem o tratamento. A taxa de sucesso depende do tipo de medicação administrada, 50% para as mais fortes e até 92% nas menos agressivas e a sensação de frio é tolerada por 98% dos pacientes. A eficácia dos resultados tem sido comprovada por estudos independentes ao longo dos últimos 20 anos. Este ano, o tratamento passou a fazer parte das Diretrizes de Prática Clínica em Oncologia da NCCN - National Comprehensive Cancer Network - para pacientes que vão iniciar o tratamento para câncer de mama. A novidade reforça a importância da possibilidade de manutenção do cabelo durante a quimioterapia, indicando que o uso vai muito além da estética. A crioterapia com a Touca Inglesa não é indicada para os tipos de câncer hematológicos ou para alguma alergia ao frio.

Website: http://toucainglesa.com.br/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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