Script = https://s1.trrsf.com/update-1732567509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

DINO

Especialista explica por que o motor do carro não deve ser lavado

Lavar o motor do carro era comum antigamente, mas pode trazer danos ao veículo hoje em dia. Seguem algumas alternativas

29 jul 2019 - 18h02
Compartilhar
Exibir comentários

Quem tem idade acima dos 40 anos deve lembrar do tempo em que era comum limpar o carro com uma mangueira do jardim, inclusive a parte interna do capô. Na época, o motorista costumava lavar o motor do carro com a água da mangueira mesmo, para ficar tudo bonito.

Foto: DINO / DINO

Depois, o veículo não ligava (claro) e o problema era resolvido enxugando o distribuidor e o carro voltava a funcionar normalmente.

Esse procedimento era tão comum antigamente que, ainda hoje, muita gente tem o hábito de passar uma água de mangueira no motor do carro para lavá-lo. Mas será que isso é o correto a ser feito? Quais os riscos para o veículo?

Os especialistas da Casa Grande Auto Shopping explicam por que lavar o motor não é uma boa ideia, mesmo atualmente, ou melhor, principalmente atualmente.

Os riscos de lavar o motor do carro

"Antigamente, o grande problema ao lavar o motor do carro era molhar o distribuidor. A função dessa peça era conduzir a corrente elétrica até a vela do motor para que, então, o carro começasse a funcionar. Se molhado, o distribuidor não conseguia cumprir seu papel e a solução para isso era enxugá-lo", explica o especialista da Casa Grande.

Segundo ele, os motores de hoje funcionam de maneira diferente e não há mais risco de molhar o distribuidor. Entretanto, isso não significa que a lavagem deixou de apresentar problema. Pelo contrário, a situação está ainda mais grave.

Ele explica: "Isso porque os motores atuais contam com vários componentes eletrônicos que executam funções importantíssimas para o seu funcionamento. Além das peças do próprio motor, existem outras que costumam ficar muito próximas e que podem ser afetadas pela água".

As bobinas e cabos de velas, por exemplo, são elementos que podem ser danificados, além do módulo que controla os freios ABS. Essas são peças que não podem deixar de funcionar, ou o veículo não consegue andar normalmente.

"Se a água entrar em contato com esses componentes eletrônicos, eles podem parar de funcionar e custará um bom dinheiro para trocá-los", explica.

Há risco de oxidação no motor do carro

Um dos grandes riscos de lavar o motor do carro atualmente é a oxidação que pode acontecer, caso a peça não seja secada adequadamente.

"Normalmente, um motor é composto de ferro fundido e alumínio. Esses metais têm ligação muito específica com a água", explica o especialista da Casa Grande.

O ferro fundido é mais vulnerável e pode oxidar em certas condições. Por exemplo, o contato direto com a água ou com o seu vapor pode levar à oxidação do metal. A oxidação, por sua vez, conduz à corrosão e à ferrugem, o que pode diminuir a vida útil do motor.

O alumínio, por sua vez, não oxida, mas pode sofrer a corrosão por fadiga, que acontece com a presença da água aliada a um ambiente de stress no metal (como é o caso de um motor).

"Lavar o motor pode levar à degradação dos metais que compõem a peça, caso o contato com a água seja frequente. Essa é uma das principais razões pela qual devemos evitar lavar o motor", completa o especialista.

Carros antigos ou seminovos também apresentam riscos

Os carros como um HB20 ou um Onix, por exemplo, não terão tantos problemas assim, mas veículos que tenham mais de 10 anos apresentam uma vulnerabilidade muito específica.

Em primeiro lugar, os carros antigos podem ter sido lavados há algum tempo e, por causa disso, acumular algum dano, ou seja, pode ter o início do processo de oxidação de alguma parte do motor.

Mas o principal risco dos carros mais antigos está nos anéis e retentores de vedação do motor. Essas peças são usadas para evitar que entre água ou poeira dentro do motor, o que prejudicaria seu funcionamento.

Entretanto, como o motor gera uma quantidade enorme de calor para funcionar, essas peças acabam recebendo ondas de calor durante o tempo.

"Normalmente, os anéis e retentores levam aproximadamente 10 anos para começar a ressecar por causa do calor do motor", explica um dos especialistas da Casa Grande, antes de completar: "Se o carro for mais antigo do que isso, é muito provável que essas peças estejam ressecadas e, portanto, mais vulneráveis a um jato de água forte, que poderia quebrá-las ou danificá-las".

Quais as soluções para limpar o motor sem lavá-lo

Se não é possível lavar o motor com água, então qual a solução para limpá-lo adequadamente? A equipe da Casa Grande listou algumas.

"Existe a lavagem a seco, por exemplo, com limpadores específicos para esses casos. Normalmente, equipes profissionais de limpeza automotiva possuem esses equipamentos e são capazes de fazer o serviço", contam.

Uma outra alternativa é a limpeza a vapor. "Ela não é 100% indicada, pois, assim como a água, pode causar oxidação no motor, mas pelo menos é um pouco mais segura do que o jato d'água direto", ressalta o profissional, completando a seguir: "Uma das vantagens do vapor é que ele tira a gordura em áreas que você não consegue usando a mangueira".

Seja qual for o método de limpeza escolhido, é importante dispensar cuidados ao motor regularmente para que a sujeira não se acumule e não danifique a peça. Se possível, deve ser evitado o uso da água no motor para prevenir as situações descritas acima.

Website: https://casagrandeautoshopping.com.br/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade