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Fraude no boleto bancário: como diminuir esse tipo de ocorrência

16 jul 2019 - 14h05
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Os golpes praticados contra quem realiza pagamentos via boleto bancário se tornaram mais sofisticados e criativos com a Nova Plataforma de Cobrança. O objetivo da criação do sistema da Nova Plataforma é centralizar o processo de registros de boleto e, segundo a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), eliminar aproximadamente R$ 450 milhões em fraudes por ano. 

Foto: DINO / DINO

A implementação desse sistema, iniciado integralmente em 2018, visa a facilitação e segurança dos pagamentos realizados por meio de boleto bancário. Porém, mesmo com a criação da plataforma, os fraudadores ainda encontram formas para burlar a segurança deste meio de cobrança e aplicar golpes. 

Essa questão se torna ainda mais prejudicial quando se avalia que o boleto bancário é a segunda forma de pagamento mais utilizada no Brasil,  perdendo somente para o volume de transações com o cartão de crédito. Isso acontece ainda que o boleto seja mais atrativo por apresentar menores tarifas em contrapartida ao cartão de crédito. 

Os motivos do uso do boleto podem ser, principalmente, dois. O primeiro deles  devido ao alto número de desbancarizados no Brasil, onde contabiliza-se cerca de 60 milhões de pessoas sem vínculos bancários. O segundo  pelo receio de uma parcela da população em fornecer dados pessoais para terceiros. Portanto, é nesse cenário que estelionatários podem encontrar oportunidades para enganar consumidores e obter proveito de descuidos ou falta de atenção. 

Então, é preciso estar ciente sobre quais são os tipos de golpes mais comuns que costumam ocorrer com quem realiza pagamentos ou recebe por meio do boleto bancário. Tanto consumidores quanto vendedores ou prestadores de serviço precisam estar atentos, uma vez que podem se tornar vítimas desses golpes. Porém, vale ressaltar que, mesmo assim, o boleto bancário ainda é uma das formas de pagamento mais seguras do mercado. Veja a seguir quais são os tipos mais comuns de golpes dos boletos e como se prevenir de cada um!   

Os tipos mais comuns de fraudes nos boletos bancários 

  • Site falso / Venda falsa  

Nesse caso, o fraudador emite uma cobrança ao se passar por vendedor e oferecer uma mercadoria ou serviço inexistente. Esse tipo de situação pode ocorrer caso o consumidor entre em contato com o fraudador por meio de um site falso ou até mesmo em outros ambientes não seguros, sejam eles digitais ou físicos. 

A cobrança é emitida para o consumidor, cujo pagamento pode estar indicado como opcional, como forma de isentar o emissor da cobrança. No entanto, para que esse tipo de situação não ocorra, é preciso que o cliente confira todos os dados da cobrança, como número do banco emissor (a informação pode ser encontrada no site da Febraban), nome e CNPJ da empresa emissora, dados do beneficiário, data de vencimento, valores indicados e se o código de barra corresponde ao número que consta na parte superior da fatura. Uma vez que é comum nessas fraudes verificar informações inconsistentes e até mesmo erros de digitação no documento. 

Com a Nova Plataforma, os boletos podem ser consultados e pagos online, sete dias por semana e 24 horas por dia, tendo a operação validada automaticamente se os dados estiverem de acordo com o sistema. Porém, mesmo assim, todo cuidado é necessário antes de efetivar um pagamento. A procura por informações sobre a empresa e depoimentos de antigos consumidores pode ajudar na confiança para efetivar o pagamento da fatura.    

  • Bolware ou vírus do boleto 

É um vírus que infecta a máquina do usuário e geralmente quando há a conexão de dispositivos infectados (pen drives, celulares, hds externos etc) ou acesso a conteúdos comprometidos. Nele, um malware (programa malicioso) age interceptando o documento e realiza a alteração dos dados que constam na cobrança digital, como a linha digitável ou a conta de destino dos valores. 

Dessa maneira, o dinheiro que seria destinado ao credor é desviado para a conta de terceiros. Assim, tanto o consumidor quanto o emissor perdem os valores da cobrança. Para o cliente evitar esse tipo de situação, é necessário sempre ter o antivírus instalado e atualizado e, se possível, realizar com frequência o backup da máquina. 

Além disso, é importante evitar que sejam realizadas compras ou fornecimento de informações pessoais quando estiver com os dispositivos conectados a uma rede WI-Fi não segura e nunca clicar em documentos enviados por e-mails desconhecidos. O envio de documentos não solicitados e por e-mails desconhecidos é uma forma comum de roubo de dados pessoais, prática conhecida como phishing. Caso haja suspeita de contaminação por vírus, é recomendado realizar a limpeza da máquina e, em seguida, a solicitação da segunda via da cobrança para o emissor da cobrança. 

  • Cobranças supostamente emitidas por órgãos públicos

Criminosos costumam utilizar o nome de órgãos públicos para emitir cobranças falsificadas, como documentos fiscais da Receita Federal, Polícia Federal, entre outros. Caso o usuário receba algum tipo de cobrança por e-mail com o campo de sacador avalista utilizando o nome de algum órgão governamental, recomenda-se ignorar e não efetivar o pagamento, pois essas instituições não enviam esse tipo de documento, notificações ou intimações por meio de correio eletrônico. 

Esses são os tipos de golpes mais comuns, porém não são os únicos. Não é possível saber ao certo quantas vítimas desse crime procuram a polícia, uma vez que ele não possui tipificação específica e é contabilizado pelas estatísticas como estelionato. Além disso, esse crime engloba outras tentativas de obter vantagem indevida com prejuízo alheio. 

Em todos os casos citados, o consumidor pode procurar a polícia e denunciar a ocorrência. "O importante é sempre verificar a origem de recebimento do boleto e, caso desconheça o beneficiário, entrar em contato com o emissor do compromisso de pagamento. Nos boletos emitidos pela Gerencianet, por exemplo, o beneficiário e responsável pela emissão é o sacador avalista", orienta Denis Silva, supervisor de fraudes da Gerencianet, empresa especialista em emissão de boletos. 

Portanto, caso o beneficiário da cobrança seja desconhecido, o cliente pode desconsiderar e, em seguida, entrar em contato com a instituição emissora da cobrança. 

O que fazer quando for vítima de boleto fraudado? 

"Se tiver realizado o pagamento da cobrança, entre imediatamente em contato com as instituições responsáveis pela ordem de pagamento" afirma Silva. Dessa maneira, caso o comprador perceba que foi vítima de golpe, é possível cobrar o prejuízo do emissor da cobrança, seja ele o banco, intermediador de pagamento ou até mesmo a própria loja. Porém, caso a emissão não tenha passado por nenhuma dessas esferas e fizer parte de uma falsificação de documento, o consumidor precisa procurar a polícia para buscar os responsáveis. 

Como emitir boletos de forma mais segura? 

Utilizar um intermediador de pagamentos para emitir boletos para os clientes ajuda os prestadores de serviços ou vendedores de produtos, uma vez que a cobrança é registrada. Dessa forma, é necessário comunicar ao banco o nome e CPF ou CNPJ do cliente, prazo de vencimento e valor da fatura. 

Com um intermediador de pagamentos também é possível inserir o valor de multas e juros em caso de atraso no pagamento, realizar a gestão financeira completa do negócio, gerar relatórios, facilitar a emissão de boletos registrados, entre outras ações. 

Dessa maneira, pode-se diminuir a inadimplência e, ainda, evitar uma prática comum chamada de sequestro de mercadoria. Nesse tipo de esquema, um sujeito realiza uma compra do estoque de um concorrente, por exemplo, mas não efetiva o pagamento. Assim, a mercadoria fica reservada para o suposto consumidor, comprometendo as vendas do lojista. 

Boleto registrado 

Após o descontinuamento do boleto sem registro, tanto o emissor quanto o consumidor passaram a ter mais segurança nas transações via boleto bancário. Além da diminuição da incidência de fraudes na emissão de boletos, a Nova Plataforma diminuiu a inconsistência nos pagamentos e erros no cálculos de juros e multas de boletos vencidos, uma vez que agora eles são realizados de maneira automática. 

Antes, na modalidade sem registro, o beneficiário emitia a cobrança para o pagador e o banco tinha conhecimento da transação somente quando o pagamento era efetivado. Agora, a emissão pode ser realizada entrando em contato com o banco ou por meio de ferramentas disponibilizadas por um intermediador de pagamentos. No mercado, há intermediadores de pagamento que emitem boletos sem tarifa de registro, como a Gerencianet, por exemplo. 

Nesses sistemas de pagamento, são realizados procedimentos de segurança com o intuito de minimizar e mitigar os impactos desse tipo de ocorrência, conforme exigência dos órgãos reguladores. O consumidor também tem muitas vantagens com a implementação da plataforma, como a possibilidade de pagar os boletos vencidos em qualquer banco ou instituição financeira conveniada, segurança no pagamento e, consequentemente, diminuição de fraudes, além de não ser mais necessário emitir a 2ª via de cobranças vencidas. 

Assim, a emissão de boletos se torna muito mais rápida e fácil. Um intermediador de pagamentos pode se tornar uma alternativa para evitar erros nos registros dos documentos, garantindo mais segurança para a empresa e para o cliente.

Website: https://gerencianet.com.br/

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