Grab and go muda o conceito de conveniência para alimentação e traz agilidade para os consumidores
Sabe-se que a rotina de trabalho brasileira é veloz. Aqueles que trabalham, acabam tendo pouco tempo para uma alimentação fora de casa. Os consumidores almejam uma refeição completa, mas não é viável ir a um restaurante e esperar 30 minutos para um prato ficar pronto.
A possibilidade de uma alimentação rápida existe, porém, a qualidade ainda não agrada e os produtos não são nutritivos (normalmente são salgados, doces ou produtos industrializados).
A situação piora quando se adiciona o tempo de trânsito da casa para o local de trabalho, e vice-versa, ao tempo de trabalho dos brasileiros, que é de 8 a 12 horas diárias, considerando a jornada e possíveis horas extras ou serviços como freelance. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial - Aberje, 31% dos brasileiros levam até uma hora para chegar ao trabalho.
Cada vez mais imersas na dinâmica do trabalho, as pessoas veem seus horários de almoço passarem rápido e seus hábitos de alimentação se tornarem cada vez menos saudáveis. Foi para preencher essa lacuna que surgiu o modelo Grab and Go.
Grab and Go (Pegue e Vá) é uma ressignificação do conceito de conveniência. Trata-se da ideia de juntar a facilidade de uma loja rápida, em atendimento e preparação de produtos, com refeições de qualidade, completas e nutritivas.
Usou-se a matriz de uma ideia simplificada, como as conveniências de postos de gasolina, para construir uma inovadora concepção de gestão gastronômica. Depois de se tornar febre em muitos países, esta começa a ser vista gradualmente nos mais variados segmentos do setor de alimentação fora do lar no Brasil.
Esse modelo consiste na instalação — dentro de restaurantes, galerias, bares, lanchonetes, clínicas, padarias, hotéis, academias e até supermercados — de estações dinâmicas, que oferecem refeições preparadas na hora, em poucos minutos, com qualidade, como um "restaurante portátil".
É possível a coexistência do grab and go com o modelo tradicional de restaurante, o mesmo estabelecimento pode trazer esta diversificação do perfil de consumidor que o visita. O empreendedor consegue prospectar os clientes que desejam permanecer no local com tranquilidade, por bastante tempo, e, também, outros que precisam se alimentar e ir embora, ou até levar a refeição para viagem.
Além da elevação da carteira de clientes, esse modelo impulsiona também um aumento relevante no ticket médio, já que um cliente que acabou de almoçar pode levar uma sobremesa para consumir mais tarde ou, o que é ainda mais comum, almoçar sentado à mesa e depois levar uma refeição pronta para jantar em casa.
Com um mix de modernos equipamentos, que inclui forno combinado, ultracongelador e prateleiras térmicas, quase tudo pode ser servido nesse modelo. Pode-se, por exemplo, comercializar pratos mais refinados, como paella valenciana com toque de cogumelos, moqueca de camarão, baby beef com batatas soufflées, entre outras refeições mais trabalhadas. Assim como pratos mais tradicionais, como filés à parmegiana com batatas fritas, panquecas, entre outros.
Pode-se também apostar em pratos mais funcionais, como saladas de frutas, saladas proteicas com frango desfiado, massas diversas, refeições rápidas (sanduíches naturais e pizzas), vinhos, caldos, bolos, sucos naturais, iogurtes e sobremesas variadas.
O intuito é reproduzir nas prateleiras o mesmo cardápio que é oferecido internamente. Dessa forma, conveniência deixa de ser sinônimo de alimentos industrializados para se tornar a possibilidade de fazer uma refeição.
Dependendo do estabelecimento, há a possibilidade de preparar os alimentos na hora, usando fornos combinados a vapor, para preparar as refeições mais elaboradas, ou os speed ovens, para a preparação de pizzas, salgados etc.
Os ultracongeladores podem ser usados para deixar refeições prontas ultracongeladas, para serem apenas finalizadas após o pedido do cliente. O ultracongelamento mantém as propriedades originais do produto intactas (cor, sabor, textura, cheiro) e faz com que, no momento da finalização, o alimento seja oferecido fresco e saboroso.
Estes equipamentos têm alta tecnologia e são considerados essenciais para este e outros estilos de empreendimento. A referência destas tecnologias no Brasil é a Prática Klimaquip, uma fornecedora mineira que desenvolve, além dos fornos combinados, speed ovens e ultracongeladores, diversos outros produtos para a área de panificação e gastronomia, como fornos turbo, fornos de convecção, entre outros.
Aliados aos equipamentos, também existem outras estratégias, como a manutenção das prateleiras. Nas primeiras horas do dia, recomenda-se que elas tenham abundância de sanduíches, bolos, iogurtes, sucos naturais, águas de coco etc. Na parte do almoço e jantar, massas, caldos, vinhos e pizzas fazem parte da exposição de produtos.
Apresentar produtos no Grab and Go é diferente de guardar alimentos em uma geladeira. Como a grande vantagem em relação ao delivery é que o cliente tem acesso ao cardápio real a um olhar, é recomendado caprichar no design da mobília de exposição: vidros e luzes cuidadosamente pensados sobre cada produto fazem a diferença. Para uma melhor visualização, também são usadas embalagens transparentes e descartáveis.
Esta tendência promete estar, com cada vez mais frequência, no dia a dia do trabalhador brasileiro e o estudo sobre como montar um grab and go, ou como implementar este em um negócio já existente, são um ponto que está interessando os empreendedores mais atentos.
Website: http://praticabr.com