Inteligência artificial: o futuro no presente
O ser humano sempre quis desenvolver mecanismos/máquinas que conseguissem agir, pensar e tomar decisões.
O ser humano sempre quis desenvolver mecanismos/máquinas que conseguissem agir, pensar e tomar decisões. Assim pensa o engenheiro de Computação Humberto Pessoa Almeida, que conhece muito bem este processo definido hoje como Inteligência Artificial (IA). "Quando falamos em inteligência, estamos nos referindo ao uso consciente que fazemos da faculdade de pensar, a capacidade de compreender e aprender, e a de adaptar-se a novas situações".
Mas como funciona a Inteligência Artificial? Humberto, que também é Mestre em Ciências da Engenharia de Computação e Eletrônica, responde a esta pergunta lembrando primeiramente que as tecnologias de IA são algoritmos (sequência de instruções para executar alguma tarefa). "A Inteligência Artificial é um programa que recebe dados de entrada, aprende os padrões desses dados e consegue produzir tomadas de decisões. No caso do Machine Learning, quanto mais dados e exemplos, mais inteligente a máquina fica. Um exemplo simples é o reconhecimento de padrão, quando alimentamos essa máquina com várias fotos diferentes de carros e de motos, a inteligência artificial consegue distinguir quais fotos são os carros e quais são as motos".
Segundo o engenheiro, atualmente, existem vários campos estudados fortemente com a Inteligência Artificial, tais como Machine Learning (Aprendizado de Máquina), Deep Learning (Aprendizado Profundo), Redes Neurais, Visão Computacional, Processamento de Linguagem Natural e outros. "Machine Learning, como já dito aqui, é uma aplicação de Inteligência Artificial que fornece aos sistemas a capacidade de aprender e melhorar automaticamente por conta própria. Outro exemplo desta aplicação é o Google Maps, que fornece ao usuário um caminho mais rápido de acordo com a localização atual e eventos próximos (ruas fechadas etc.)".
Já o Deep Learning, conforme explica Humberto, é um tipo de Machine Learning inspirado pela estrutura do cérebro humano, que ganha na IA o nome de Rede Neural Artificial. "Com o uso dessas redes neurais, conseguimos ter um resultado melhor, como no reconhecimento de fala, processamento de linguagem natural e outros, apesar desta tecnologia ter algumas limitações. Um exemplo de aplicação de Deep Learning são os veículos autônomos, o que até há algum tempo era ficção científica, mas agora já é uma realidade. A tecnologia na área de veículos autônomos, inclusive, tem crescido a cada ano que passa". O profissional afirma que daqui há algum tempo será comum ver carros dirigindo nas ruas sem um humano pilotando e que as pessoas poderão dormir ou mexer no celular enquanto o veículo se autodirige.
Para a empresa de pesquisas Markets and Markets, o mercado de Inteligência Artificial deve crescer para uma indústria que irá movimentar 190 bilhões de dólares até 2025. Para finalizar, Humberto resume a expectativa da pesquisa com a paixão que nutre pela engenharia de Computação. "Eu acho que a Inteligência Artificial é um dos problemas mais difíceis e emocionantes que temos pela frente".
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