Juarez Filho, diretor-presidente da Ourominas, lança livro com os aprendizados que o trouxeram até aqui
Em "Lei dos meninos homens", empresário conta o que a vida lhe ensinou e nos convida a sermos protagonistas de nossas histórias.
Como nasce um empresário de sucesso? Quais as condições necessárias para que um menino criado em condições humildes, em uma pequena cidade do interior do Brasil, se transforme em um homem de princípios e um dos empresários mais respeitados do país?
No dia 23 de maio, Juarez Filho, diretor-presidente da Ourominas, uma empresa com mais de 30 anos de experiência em soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para investidores, consumo industrial e o mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, com cerca de 400 colaboradores, lança, na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos, o livro "Lei dos Meninos Homens", da Editora CRV.
Trata-se de uma coletânea de contos baseados nas memórias do empresário, desde sua infância humilde na cidade de Uraí, no estado do Paraná, passando pelo primeiro contato com o mercado do ouro, até os dias de hoje.
A cada capítulo Juarez Filho leva o leitor a se envolver com as memórias de sua família, os desafios da adolescência. Natural de Ubá, em Minas Gerais e sexto filho de uma família de onze filhos, mostra como, a cada lição aprendida, ele e seus irmãos se tornaram homens de valor, firmado nos sólidos ensinamentos de seus pais Juarez e Mariazinha.
Em muitas histórias o leitor vive a relação de Juarez com seu irmão Beto. Vítima de paralisia infantil, Beto e Juarez cresceram muito unidos e dividiram grandes desafios. O autor conta que seu pai costumava dizer que as pernas de Beto tinham vindo junto com as suas e descreve como viveu intensamente os desafios de locomoção do irmão.
"Em muitos momentos, para o Beto não se sentir tão diferente, saíamos nós dois para dar uma volta no quarteirão. (...) Passo a passo eu me punha de joelho no chão e engatinhava ao lado dele, apoiando-me nas mãos o acompanhava engatinhando, enquanto o Beto ia se arrastando, para que ele não se sentisse diferente, e para que eu pudesse compreender os sentimentos do meu irmão", conta.
O leitor se identifica e se emociona com as histórias reais, nem sempre boas ou bem-sucedidas, por vezes divertidas e outras profundas, que têm em comum o fato de sempre trazerem, ao final, as lições aprendidas pelo autor em cada uma das situações.
Como conta o sonho que sua mãe, Mariazinha, tinha de conhecer Jerusalém. Quando suas condições financeiras permitiram, Juarez conseguiu o valor necessário para que a mãe finalmente fizesse a viagem. Como ela era uma mulher independente, deixou os preparativos por sua conta, mas por motivos pessoais os planos de viajar foram adiados por ela.
Algum tempo depois Dona Mariazinha sofreu um acidente que a deixou em coma por três anos e a levou à morte. Juarez conta que o dinheiro reservado para a viagem acabou sendo usado para seu funeral.
O leitor se emociona com seu relato de como o sentimento de culpa por não ter providenciado a viagem da mãe por completo o acompanhou por muito tempo e de como, anos depois, teve a oportunidade de fazer a viagem como uma forma de homenagem: "Emocionei-me muito e fiquei extremamente tocado ao rezar também um Pai Nosso, que ofereci à minha mãe. Com o coração contrito e cheio de fé, pensei na linda e doce Mariazinha". Ao final do relato emocionante Juarez conclui: "Deus providencia tudo no tempo certo, basta crer e se mexer".
A obra conta os desafios e aprendizados do trabalho com ouro no Mato Grosso, que o levaram a chegar em uma posição de destaque no cenário nacional. "Nosso trabalho resumia-se a comprar e vender ouro. Andávamos de garimpo em garimpo, enfrentando muitos desafios, por vezes passávamos alguns dias sem tomar banho, dada as próprias adversidades da região garimpeira. (...) Não eram lá as melhores condições, mas mesmo daquele jeito, dormindo no chão, trabalhando muito, ficando por vezes, dias, sem tomar banho, eu estava feliz, porque acreditava que as coisas poderiam mudar. Eu e meu irmão sempre enfrentamos os desafios de frente e criamos nossas próprias oportunidades. Nossa lei era trabalhar e mudar nossas vidas, para melhor".
Os amigos também estão presentes na obra. Como na história da amizade com a dupla sertaneja Cesar Menotti e Fabiano, que se deu a partir da curiosidade dos irmãos de saber mais informações da atividade que o pai deles exerceu, a garimpagem. Esta passagem descreve uma bela amizade, um show em Itaituba, bem como, uma visita por lugares onde pai dos artistas andou, viveu e garimpou, incluindo até mesmo o caso de um luau em uma praia na cidade de Pepita, no estado do Pará.
"Lei dos meninos homens" é um livro de leitura fluída e agradável que entretém, leva à reflexão e convida o leitor assumir o papel de protagonista da sua história. Em suas memórias, Juarez Filho mostra como cada situação não deve ser enxergada apenas com o olhar das circunstâncias, mas sim ser um convite ao aprendizado e nos levar à transformação pessoal. Sua história de vida parece reverberar o que disse o grande filósofo Jean-Paul Sartre em sua célebre frase "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você".
Serviço:
Sessão de Autógrafos e Coquetel do livro "Lei dos meninos homens"
Local: Livraria Cultura, Shopping Villa Lobos
Data: Quarta-feira, 23 de Maio.
Horário: 19h00
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