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Médico brasileiro desenvolve nova técnica para cirurgia de transplante capilar

Uma nova era para a cirurgia de transplante capilar. É assim que a comunidade médica internacional enxerga a associação da técnica FUE com a técnica DNI, desenvolvida pelo cirurgião plástico Dr. Mauro Speranzini

2 fev 2021 - 15h01
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Uma nova era para a cirurgia de transplante capilar. É assim que a comunidade médica internacional especializada enxerga a associação da técnica FUE (Follicular Unit Extraction) com a técnica DNI (Dull Needle Implanter - ou, em português, implanter com agulha sem corte), desenvolvida pelo cirurgião plástico brasileiro, Dr. Mauro Speranzini, presidente da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC) no biênio 2017/2018.

Foto: DINO / DINO

Dados recentes da Associação Internacional de Transplante Capilar apontam que desde a publicação e confirmação da eficácia dos resultados na Revista Fórum, principal publicação científica da especialidade, houve um aumento significativo na utilização da revolucionária associação de técnicas em diversos países.

A grande sacada que levou a cirurgia de transplante capilar a um novo patamar está na utilização de um implanter adaptado pelo Dr. Mauro Speranzini. Trata-se de uma espécie de caneta com uma agulha sem corte na ponta, que faz às vezes de microcânula. Com ele, não é necessário usar a tradicional pinça para a colocação das unidades foliculares na área calva e a manipulação das unidades foliculares é mínima, porque é possível retirar e, já na sequência, enxertar as unidades foliculares, evitando muito manuseio durante o procedimento cirúrgico.

No transplante capilar por meio da técnica FUE, diferentemente da técnica FUT, por exemplo, não é feita a retirada de um fuso de pele. Em vez disso, é realizada a coleta de unidades foliculares, uma a uma, da área doadora - couro cabeludo, barba ou tórax, por exemplo. O procedimento é minimamente invasivo.

A técnica DNI associada à FUE reduz o risco de prejudicar a circulação sanguínea do local e de lesionar os fios que serão implantados. Como eles ficam fora do corpo do paciente por pouquíssimo tempo, a adaptação pelo couro cabeludo aumenta significativamente.

Além disso, com a técnica FUE com DNI o cirurgião consegue realizar incisões bastante delicadas na linha anterior da área calva, com cerca de 0,5 mm, em vez do tradicional 1 mm. Isso significa que as cicatrizes são mínimas e praticamente invisíveis a olho nu. Na área doadora, as cicatrizes puntiformes dão mais liberdade ao paciente para usar cortes de cabelo mais curtos sem a preocupação com a visualização da cicatriz.

Os 6 benefícios diretos e incontestáveis da DNI em associação com a FUE

  • Menor trauma;
  • Pós-operatório indolor e mais curto;
  • Melhor irrigação sanguínea;
  • Maior densidade e nascimento de mais fios;
  • Cicatrizes quase imperceptíveis;
  • Recuperação mais rápida;

"A diferença entre o sucesso e o fracasso da fixação e crescimento do cabelo transplantado no couro cabeludo está em, durante a cirurgia, o cirurgião manipular o mínimo possível as unidades foliculares, enxertá-las rapidamente e manter a circulação sanguínea local intacta. Estas três necessidades são 100% atendidas", explica Dr. Mauro Speranzini.

Contudo, por si só, ela não é sinônimo de milagre. É fundamental ressaltar que a calvície é progressiva, portanto o transplante capilar não faz a calvície cessar. Os fios transplantados geralmente não caem, mas os remanescentes que já possuem a informação genética de queda, sim. Para um resultado de excelência, além do médico ter bastante experiência, são necessários equipamentos cirúrgicos avançados e uma equipe bem treinada.

"Por outro lado, o paciente deve ter área doadora suficiente para uma boa cobertura da área calva e uma expectativa realista sobre o resultado possível de ser alcançado em cada caso", ressalta o cirurgião, que ministra aulas, palestras e também coordena e dirige simpósios e workshops em países das Américas, Ásia e Europa.

"Para um resultado de excelência, além de um corpo médico com muita experiência, são necessários equipamentos cirúrgicos avançados, equipe técnica bem treinada, além de salas de procedimentos preparadas exclusivamente para a realização deste tipo de cirurgia", complementa o cirurgião.

O espírito empreendedor e pioneiro, e ainda a capacidade de aumentar e disseminar conhecimento, dia a dia, ao longo de três décadas, levaram o cirurgião plástico Mauro Speranzini a estar sempre à frente das tendências e novidades na área de transplante capilar. Não à toa, tem o respeito e o reconhecimento da comunidade médica internacional.

MAURO SPERANZINI

Formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em 1987. Fez residência médica em cirurgia geral no Hospital das Clínicas e residência médica em cirurgia plástica no Hospital dos Defeitos da Face. Obteve Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Foi médico assistente no Hospital Pérola Byington. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Associação Internacional de Transplante Capilar (ISHRS). Defendeu tese de Mestrado pelo Departamento de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da USP. É especialista em transplante de pelos, bem como em otoplastia. Foi presidente da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC) no biênio 2017/2018.

Website: http://www.clinicasperanzini.com.br

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