Mercado de US$ 318 bilhões, IoT movimenta aquisições no Brasil
O mercado global de Internet das Coisas (IoT), que engloba software, serviços, conectividade e dispositivos, alcançou US$ 130 bilhões em 2018 e deverá somar receitas de US$ 318 bilhões até 2023, crescendo a uma taxa composta anual de 20%, segundo dados da ABINC - Associação Brasileira de Internet das Coisas.
Já o setor de provedores de Internet vem em expansão contínua, crescendo a taxas que variam de 20% a 25% ao ano, conforme a Abrint - Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações.
Em função das taxas promissoras de expansão, investimentos nestes dois mercados vêm norteando estratégias corporativas. Um caso é o da IPv7 - Soluções Inteligentes, que recentemente adquiriu a Krauthein IoT, empresa focada no setor de Internet das Coisas (IoT) com especialização em soluções para segmentos como o agrícola e o de ISPs (Internet Service Providers).
A oferta da Krauthein IoT se baseia em Sistema Operacional de Tempo Real (RTOS) para controle e gerenciamento de dispositivos que dão suporte ao conceito de hiperconectividade, além de segurança e confiabilidade.
Segundo Droander Martins, CEO da IPv7, a demanda por serviços de IoT e ROTS é crescente, e as possibilidades são muitas, indo desde a automatização ou integração de soluções já existentes, até a criação de novas aplicações, específicas para cada caso ou cenário.
O executivo explica que a nova aquisição vem para integrar a BU (Business Unit) de IoT da IPv7, existente desde o final de 2016, quando a companhia selou uma aliança com a PUC-RS para impulsionar o segmento de Internet das Coisas e Data Science em Cidades Inteligentes.
"Do ponto de vista estratégico, estamos mostrando que levamos a sério o investimento em IoT. Já da parte de produto/portfolio, integramos mais uma aba de soluções para o mercado de provedores de Internet", comenta Martins.
O CEO salienta, ainda, os diferenciais que motivaram a transação. "É uma das poucas empresas que tem, de verdade, uma plataforma de software para IoT, além de possuir um ecossistema diferente em relação ao mercado, onde concorrentes que têm IoT ainda estão na esfera das ideias", celebra o gestor. "Finalmente, a Krauthein tem um portfólio funcional, já rodando em provas de conceito e clientes diversos", acrescenta.
Para o CEO, o segredo da IoT é a plataforma robusta, com BI e inteligência artificial, conceito que é permeado tanto pela Krauthein, quanto pela IPv7.
Com a operação, Adriano Krauthein, fundador da Krauthein IoT, passa a fazer parte do grupo IPv7 como diretor de P&D para IoT. "A IPV7 é referência no mercado de provedores de Internet, com um grande networking e acesso a fundos de investimento que podem ser estratégicos para impulsionar o portfólio que a empresa já tem, bem como projetos de maior envergadura, que exijam um grande aporte inicial de capital", afirma ele.
A aquisição também está ligada estrategicamente a outras parcerias que a IPv7 está firmando, ainda em fase de NDA, e que em breve serão abertas para o mercado, reforçando ainda mais a área de IoT e BI da companhia - inclusive, com atendimento ao mercado corporativo.
Anteriormente, a IPv7 já investiu em startups de BI e IoT, com georreferenciamento e mapas de calor para provedores. A aquisição da Krauthein IoT é a segunda realizada pela empresa neste setor, no qual a IPV7 vem investindo há três anos.
O valor da aquisição não foi divulgado.