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Mercado do Poker cresce no Brasil, mas empresários sentem falta da regulamentação

Com aumento do número de jogadores de Poker, setor cresce sem parar nos últimos anos

16 dez 2016 - 13h17
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Embora jogadores profissionais e amadores de Poker no Brasil ainda batalhem para obter uma regulamentação satisfatória para esse esporte intelectual que atrai cada vez mais adeptos no país, o mercado que se estrutura ao seu redor não para de crescer. Ele vem impulsionado pela diversão, competitividade, adrenalina e pela possibilidade de ganhar muito dinheiro em torneios físicos ou online.

Foto: DINO

Segundo dados da CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold'em), já são 7 milhões de praticantes brasileiros de Poker. O número é superior aos registrados em 2012 e 2013, respectivamente 4 milhões e 5 milhões de jogadores. Ou seja, o crescimento é de aproximadamente 1 milhão por ano.

Outro evidente indício de que o esporte cresce no país é a evolução do Campeonato Brasileiro de Poker (BSOP), considerado um dos maiores do hemisfério sul. Quando foi criado, em 2006, teve pouco menos de 100 participantes. Já em 2015, foram mais de 1.300 mil jogadores a jogar poker no torneio.

Problemas da falta de regulamentação

A procura aumenta e alavanca o setor de estabelecimentos especializados no jogo: aproximadamente 500 espaços oferecem mesas de poker no país, sendo que 200 são exclusivos para a modalidade. Cerca de 15% se concentram em São Paulo, mas as fichas são apostadas em todo Brasil. Até agora 22 estados já contam com federações dedicadas à modalidade.

A regulamentação do jogo de poker seria a cartada final para criar um terreno com segurança jurídica para o esporte e, assim, definir alguns parâmetros técnicos de modelos comerciais para a criação de estabelecimentos especializados.

Como as regras formais não foram ainda definidas, os clubes geralmente são registrados como fundação, agremiação ou clube-empresa, conforme uma notícia da Folha de S. Paulo, e não raro os empreendedores deste setor precisam lidar com interpretações do sistema judiciário que insistem em categorizar o poker como jogo de azar (no qual o fator sorte é determinante). Infelizmente, há ainda muitos desentendimentos entre promotores, advogados e juízes quando o assunto é esse.

É preciso regulamentar um esporte que já é reconhecido

Por outro lado, a prática passou em 2012 a constar no calendário do Ministério dos Esportes, e em 2010 foi reconhecida como esporte mental, assim como o xadrez, pela Federação Internacional dos Esportes da Mente. Assim, o jogo ao menos goza de um status de legalização e é considerado prática esportiva. Os jogadores de poker podem apostar suas fichas sem a sensação de estarem cometendo qualquer infração.

No entanto, entidades como a CBTH ainda acreditam que há muito o que se resolver para que o mercado do Poker possa se desenvolver plenamente no Brasil. Sem uma regulamentação ficam indefinidos, por exemplo, um cadastro nacional de empresas do setor, sua classificação como atividade econômica (CNAE), a tributação para clubes e sites de poker , a formação de sindicatos de dealers e outros profissionais. Todos esses fatores acabam por desencorajar investimentos massivos neste segmento que já mostrou o quanto é lucrativo e que tem fôlego para crescer.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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