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DINO

Nova cirurgia corrige o estrabismo com mínimas incisões

Procedimento está na rotina de poucos centros médicos do país, entre eles o Hospital de Olhos do Paraná.

24 ago 2016 - 16h21
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Uma nova técnica de cirurgia de correção do estrabismo, minimamente invasiva, ofertada em poucos centros do país, entra na rotina do Hospital de olhos do Paraná, inclusive pelo sistema público de saúde (SUS). Ela é indicada a adultos jovens e crianças. Porém, os pacientes das faixas etárias inferiores são os mais beneficiados com a rápida recuperação e menores cicatrizes. É empregada ainda, para casos de reoperação e, em pacientes com alterações de músculos oblíquos. A procura por ajuda médica, no entanto, precisa ser precoce, para impedir a evolução da doença.

Foto: DINO

A médica oftalmologista pediátrica Luisa Moreira Hopker, foi quem introduziu o novo procedimento na rotina do Hospital de Olhos. Ela explica que, "o grande diferencial" da nova técnica, denominada de "incisão fórnice", reside no tamanho da incisão, que é muito menor comparativamente à tradicional. Além disto, o corte pequeno permanece encoberto pela pálpebra, tornando mais confortável o pós-operatório e propiciando maior segurança.

Otávio, bebê de pouco mais de um ano, foi operado pela nova técnica no Hospital de Olhos do Paraná recentemente. Sua mãe, Juliana Godo, disse que não imaginava que o problema do filho seria corrigido tão rapidamente. Especialmente porque, antes da operação, chegou a ser informada de que ele só poderia passar por técnica de alinhamento dos olhos quando completasse cinco anos.

"Eu não queria que o meu filho fosse, mais tarde, chamado pelos colegas de vesgo", afirmou a mãe. Por isto, pesquisou por novas soluções, até saber da nova técnica. Levou Otávio para primeira consulta no Hospital de Olhos do Paraná no mês de julho. Em poucos dias foi agendada a cirurgia, que demorou 45 minutos. A recuperação se deu em 10 dias. A criança não tem inchaço nos olhos, não tem pontos externos e o seu tratamento é feito à base de medicação simples com colírios.

Juliana lamenta, no entanto, que ainda haja um número pequeno de pessoas com acesso a tais avanços da medicina. O principal motivo, em sua opinião, é a desinformação, que pode resultar em sério impacto negativo ao futuro de uma pessoa estrábica, tanto do ponto de vista funcional, quanto psicológico.

Crianças estrábicas são vítimas de preconceito na escola, sofrem bullyng e são motivos de piada. Adultos, por simplesmente terem desvio ocular, chegam a ser taxados de menos capazes. Consequentemente, têm maior dificuldade de relacionamento e, inclusive, para obter emprego, o que os torna com baixa autoestima.

O número de portadores de estrabismo no Brasil, segundo dados do IBGE, não é pouco, atingindo 2 a 4% das crianças na primeira infância. Estudos realizados na Suécia comprovam que pessoas estrábicas têm menos chances de conseguirem um emprego, comparativamente àquelas que não são estrábicas.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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