Novo tratamento do câncer hepático, com aumento de sobrevida, é apresentado por médico da Universidade do Porto no Instituto Hemomed

13 ago 2018 - 12h28

(atualizado em 15/8/2018 às 16h35)

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Cento e vinte e um pacientes foram submetidos ao procedimento não invasivo denominado radioembolização, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em Portugal, para tratamento do câncer hepático, com aumento de sobrevida e baixa toxicidade.

A técnica, casos clínicos e resultados foram apresentados , no último fim de semana, pelo Professor Dr. Paulo Villares Morgado, diretor de radiologia do Centro Hospitalar São João, pertencente à Universidade, em encontro com médicos do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, maior centro privado de atendimento ao câncer no Brasil.

Segundo Hélio Pinczowsky, oncologista do Hemomed e coordenador do evento, o que mais surpreendeu os médicos brasileiros é que a radioembolização é um procedimento não invasivo, com duração média de 10 a 15 minutos, que pode aumentar de forma significativa a sobrevida dos pacientes em até 5 anos no caso de tumores hepáticos em estágio inicial.

A nova técnica não invasiva é indicada para pacientes que não podem se submeter a uma cirurgia para retirada de tumor hepático. Uma microesfera de vidro de Ítrio-90 é introduzida via artéria femural por cateter .Essa energia radioterápica rompe o DNA das células tumorais, causando sua morte. O novo procedimento utiliza radiação modulada e dirigida.

O especialista português explicou que para cada caso é calculada a dose precisa de radioterapia, sendo que a radioembolização pode ser utilizada também em tumor colorretal.

Após o procedimento, o paciente é acompanhado pela equipe médica multidisciplinar , realizando diversos exames a fim de se avaliar a resposta terapêutica.

Os resultados altamente satisfatórios - afirma o especialista- são avaliados pelo aumento da sobrevida, baixa toxicidade e melhoria da qualidade de vida do paciente.

Na Europa, o medicamento radioterápico custa 12 mil euros, não contabilizando os honorários médicos e outras despesas médico-hospitalares.

Medicina personalizada

Maior centro ambulatorial privado no tratamento do câncer no país, com 10 mil pacientes atendidos por mês em todas as subespecialidades, o Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia mantém intercâmbio com os principais centros onco-hematológicos do mundo como o MD Anderson Cancer Center e o Sylvester Comprehensive Cancer Center at the University of Miami Miller School of Medicine.

Segundo o médico Adelson Alves, hematologista e presidente do Hemomed, essa integração com os melhores centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo permite ao Instituto oferecer aos seus pacientes os mais inovadores tratamentos de câncer, adotando como foco uma medicina personalizada e altamente comprometida com o bem-estar do paciente.

"A visita do ilustre médico da Universidade do Porto nos abre novas possibilidades terapêuticas e atualiza nossos médicos, pois no Hemomed queremos oferecer os maiores avanços da medicina para garantir a qualidade de vida de nossos pacientes", destaca.