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Número de escritórios de advocacia fechados aumenta no Brasil

Atualmente cerca de 30% dos escritórios jurídicos encerram as atividades em menos de um ano. Falta de clientes é um dos fatores causadores.

11 set 2018 - 14h37
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O mercado jurídico no Brasil passou por muitas transformações nos últimos anos. Além das mudanças nos comportamentos dos clientes, mais informados e cientes dos seus direitos e exigentes ao negociar um contrato, escritórios e advogados convivem com a guerra de preços e com o avanço progressivo de novos profissionais no mercado.

Foto: Daniela Mascarenhas / DINO

Segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) atualmente há cerca de 1,1 milhão de advogados no Brasil, 1.210 cursos de Direito no país, com cerca de 900 mil estudantes. Em recente entrevista concedida ao Jota, o presidente da seccional da OAB de Santa Catarina Paulo Brincas revelou que Brasil é um dos países com mais advogados per capita do mundo e novos advogados são formados em grande escala todos os anos. "O valor médio dos honorários e dos salários tende a cair, o que compromete a sustentabilidade de muitos escritórios", informou.

Nos últimos dez anos, foram abertos mais de 11 mil escritórios em São Paulo. No mesmo período pouco mais de 30% fecharam as portas. Dentre as causas apontadas pelos advogados estão: a falta de clientes, a competitividade com outros profissionais do Direito e a desvalorização da profissão, o que inclui a prática de honorários aviltantes dentro da própria classe.

Segundo a Especialista em Marketing Jurídico, Daniela Mascarenhas, o mercado jurídico, há bem pouco tempo, era um ambiente protegido em que poucos profissionais atuavam e que tinham uma grande demanda de clientes. "Literalmente, quando um escritório era aberto os clientes vinham até ele", diz.

Para Mascarenhas, este fator contribuiu de forma que profissionais e escritórios estacionassem na zona de conforto e na falta de planejamento e profissionalização das suas carreiras e bancas. "Para se manter neste segmento competitivo, o profissional deve apresentar competências que vão além de sua performance técnica e da qualidade dos serviços prestados, ou seja, o que não é ensinado na faculdade, mas que permeia competências e conhecimentos que vão desde ao empreendedorismo, gestão, marketing, atração e encantamento de clientes, desenvolvimento de pessoas e liderança", analisa.

Para construir uma carreira de destaque e conseguir boas oportunidades, o profissional necessita estudar muito e agir de forma estratégica, ter foco no negócio e desenvolver visão empreendedora.  "Em tempos de tecnologias e mídias digitais o advogado precisa estar conectado as soluções dos problemas dos seus clientes, ter a presença digital, sem deixar de lado a pessoalidade do serviço jurídico", conta.

É essencial também conquistar clientes de forma ética, sem se desvalorizar e seguindo os princípios do Código de Ética da OAB. A melhor maneira de ser feita é através de construção de valor da advocacia, estando perto das pessoas, as conscientizando dos seus direitos, além, claro, de um excelente atendimento capaz de entregar a percepção da qualidade e da diligência nos serviços prestados. Mascarenhas alerta que o advogado não pode compartilhar e expor o seu cliente de qualquer forma e sempre trabalhar com transparência. "Ele não pode expor as demandas dos clientes, divulgar casos concretos ou relevar seus honorários. Existem muitos advogados que perdem a carteira ou são suspensos de atuar em função de denúncias de clientes. A categoria deve ficar atenta a essas condutas", disse.

Website: http://danielamascarenhas.com.br/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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