Pandemia não afeta intenção de compra de imóvel
A pandemia não afetou a intensão de compra de um imóvel. Um estudo feito pela XAZA, plataforma de intermediação de processos de compra e venda de imóveis, em parceria com a Toluna, empresa de pesquisas e insights para diversos negócios, revela um quadro de estabilidade nas pretensões de compra. Antes do surto do novo coronavírus, 55% dos entrevistados pretendiam comprar um imóvel nos próximos três a seis meses e, agora, são 56%, sendo 16% voltados aos imóveis residenciais. Em relação à venda, o índice se manteve em 15% antes e depois da pandemia.
A pesquisa entrevistou 500 pessoas das classes A e B moradoras de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com renda mensal acima de R$ 3.231. Desses, 67% eram mulheres. "O principal interesse é aquisição para moradia. Neste caso, estão 53%, principalmente entre jovens e a classe B, mas quase metade (46%) pretende comprar como investimento, notadamente entre a classe A", observa Fernando Nekrycz, CEO da XAZA e especialista em direito imobiliário.
A pretensão de 70% dos possíveis compradores é adquirir um imóvel de até R$ 500 mil; 24% planejam comprar o bem com valor entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão e 6%, acima de R$ 1 milhão. O estudo aponta que financiamento imobiliário é a forma de quitação para 51%, especialmente para os imóveis de até R$ 500 mil. Transferência direta ou pagamento à vista é a escolha de 20%, enquanto 12% citam transferência direta ou acordo com o comprador. Outros 10% apontam crédito imobiliário alternativo e 6% disseram fazer permuta.
Nekrycz chama a atenção para outro aspecto da pesquisa: "Ainda que seguros em suas experiências, terceiros ajudam compradores e vendedores na negociação". As preferências são para um familiar mais experiente (62%), advogado (52%) e um amigo experiente (28%).
O estudo também mostra que a visita ao imóvel ainda é importante dentro do processo de compra e venda. Mas, com a pandemia, houve crescente aposta em tour virtual, modalidade solicitada por 74%, em consequência do distanciamento social. Ainda assim, 64% dos entrevistados não comprariam um imóvel residencial sem a visita presencial e 14% das pessoas que buscam imóveis para investimento disseram que comprariam sem visita prévia. Entre os que pretendem vender, os índices são de 53% e 21%, respectivamente.
Outro dado demonstra um impacto maior da pandemia: 80% dos compradores querem evitar o contato direto com vendedores ou corretores, contra 29% antes da covid-19. Do lado de quem vende, o índice agora vai a 84%, sendo 28% anteriormente.