Presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, leva propostas de reitores a encontro acadêmico internacional em Salamanca, na Espanha
O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, apresentou ontem os sete princípios fundamentais para o desenvolvimento da Educação Superior, definidos pelo Conselho da Universia Brasil, durante o IV Encontro Internacional de Reitores Universia, em Salamanca, na Espanha. O evento reúne os dirigentes de 600 instituições de 26 países entre os dias 21 e 22 deste mês para discutir o tema "Universidade, sociedade e futuro".
O documento traz as principais diretrizes a serem seguidas pelas instituições educacionais com os objetivos de melhorar a qualidade do ensino e atualizar a grade curricular; valorizar a docência e dar aos professores os meios para um ensino adequado ao século XXI; atuar com responsabilidade social e comunitária; fomentar a cooperação com outras instituições de ensino; facilitar e criar meios de financiamento aos estudos para os estudantes; combater a evasão escolar e, por fim, se comprometerem a formar profissionais preparados para os novos desafios do mercado de trabalho.
De acordo com Rial, os apontamentos dos reitores estão perfeitamente alinhados às demandas atuais. "Hoje, temos uma necessidade multidisciplinar. A amplitude do conhecimento e suas implicações são muito maiores. As habilidades de um presidente de uma empresa, por exemplo, são muito diferentes do que eram há uma década. É preciso ter profundidade técnica, mas não a ponto de tornar-se um especialista, e sim na medida de garantir uma lateralidade de visão que permita gerir a empresa", avaliou.
Rial lembra que não existe nenhum país desenvolvido que não tenha investido fortemente em educação. "A sociedade como um todo tem que se reconectar com a mola da educação, reconhecer seu poder transformador. Não é questão de deferência, é cuidado com o professor. E o que procuramos é ser um facilitador para que as instituições de ensino possam conversar entre si. Até por termos a clareza de que as universidades estão inseridas nas grandes questões econômicas e sociais do País", afirmou ele.
Na presença do rei da Espanha, Felipe VI e do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, a presidente da Universia e do Banco Santander, Ana Botín, afirmou acreditar "em uma educação superior que incorpore sempre uma formação humanista, transversal e multidisciplinar. Em uma universidade que represente uma fonte de inovação, pensamento crítico e consciência social."
Ainda de acordo com ela, "nenhuma pessoa, nenhuma instituição, nenhum país pode prosperar se não aspirar à excelência, individual, claro, mas acima de tudo coletiva". Uma excelência que "deve ser inclusiva e contribuir para o interesse geral e para a igualdade."
Há mais de 20 anos o Grupo Santander elegeu o ensino superior como principal foco dos seus investimentos de cunho social, uma decisão baseada em estudos que apontaram o apoio às universidades como uma das maneiras mais efetivas de contribuir para o desenvolvimento de um país. Hoje, é a empresa que mais destina recursos no ensino superior no mundo.
No Brasil, já são mais de 35 mil bolsas de estudo, nacionais e internacionais, a estudantes das mais de 300 universidades parceiras. Neste ano, o Santander Universidades concederá mais de 4 mil bolsas a estudantes brasileiros.
Em outra frente, via Universia, o grupo atua congregando vagas de mais de 430 portais de emprego e 2,8 milhões de currículos para fazer a ponte e oferecer oportunidades aos estudantes e recém-formados. Em 2017, a plataforma ofereceu mais de 800 mil vagas de estágio e emprego.
O Encontro de Salamanca dá continuidade ao do Rio de Janeiro (Brasil, 2014), Guadalajara (México, 2010) e Sevilha (Espanha, 2005). As conclusões do debate serão refletidas na "Declaração de Salamanca", que será publicada com o compromisso das autoridades responsáveis pela Universidade de avançar, por meio de ações concretas, em consonância com as necessidades da sociedade do século XXI. O tema deste ano é universidade, sociedade e futuro.