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DINO

Projeto Estou Refugiado empregou 300 pessoas

22 nov 2017 - 16h43
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A empresa social Planisfério, coordenada pela publicitária Luciana Capobianco, inseriu por meio do seu Projeto ESTOU REFUGIADO 300 refugiados no mercado formal de trabalho em São Paulo, nos últimos 2 anos. "Um número gratificante, pois não queremos fazer doações, queremos que o refugiado tenha garantido seu direito básico ao trabalho e ao emprego para poder sustentar sua família com dignidade", declara.

Foto: DINO

Descendente de judeus romenos, que fugiram da Romênia por causa da perseguição aos judeus, Luciana e uma amiga resolveram abraçar uma causa humanitária para doar tempo e expertise e escolheram a causa dos refugiados. "Isso aconteceu há 2 anos, quando a situação de deslocamento de pessoas no mundo, vítimas de barbáries e guerra, estava se tornando caótica e sem volta", relembra Capobianco.

De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o número total de solicitações de refúgio aumentou mais de 2.868% entre 2010 e 2015 quando saltou de 986 solicitações para 28.670.

O cenário comoveu Luciana e a qualificação profissional dessas pessoas atraiu a atenção dela. São economistas, contadores, empresários, com dificuldades para se estabilizar no país. "Eu percebi que tinha muito preconceito, muita xenofobia. Na época, ouvia muitos questionamentos do tipo " será que ele é do bem? " só por causa da religião ou porque uma mulher usava o véu islâmico. Tinha muito racismo também. Então surgiu uma vontade de ajudar essas pessoas".

Estou Refugiado ajuda o refugiado a elaborar seu currículo com foto e contar sua história. Os currículos também podem ser enviados para o e-mail contato@estourefugiado.com.br.Outro incentivo que o projeto costuma dar aos refugiados é incentivo para empreender.

Ela não tem ajuda financeira de nenhuma instituição humanitária e custeia o projeto com recursos da empresa social. Para colocar os refugiados em empregos, Luciana tem contado com a participação de importantes empresas como a GM, o Grupo Accor (Ibis), a Pepsico, a Gradual Investimentos entre outras. "O empresário tem uma função importantíssima, pois estar empregado é vital para que o refugiado possa se reintegrar à sociedade, sair dos abrigos e resgatar sua dignidade", relata.

O "Estou Refugiado" mantém parcerias com a ACNUR-Agência da ONU para Refugiados e com a Human Rights Watch.

Mas ela aponta a falta de recursos, a falta de ofertas de trabalho, principalmente ofertas qualificadas, a questão da língua e de validação dos diplomas como grandes desafios ao projeto.

Nova Lei amplia direitos dos migrantes

A nova Lei de Migração, válida a partir de agora, irá garantir ao migrante os mesmos direitos à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade que são concedidos aos brasileiros. Também institui o visto temporário para acolhida humanitária e permite que imigrantes ocupem cargo e emprego público.

Segundo relatório da ONU (ACNUR) apenas no primeiro semestre de 2016, 3,2 milhões de pessoas deixaram seu local de residência e 1,5 milhão solicitaram asilo a algum país.

No Brasil, 9.550 pessoas de 82 nacionalidades foram reconhecidas como refugiadas. Destes 3.300 venezuelanos pediram abrigo no país. Os dados são da Secretaria Nacional da Justiça de 2017.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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