Quando empinar motocicleta é manobra que gera multa de trânsito

A manobra que envolve empinar a motocicleta, fazendo com que ela ande apenas com a roda traseira, é comumente conhecida por sua periculosidade e, assim, por ser proibida pelas leis de trânsito brasileiras.

Contudo, em alguns espaços e ocasiões, a manobra é permitida, ainda que de forma restrita.  A permissão é dada em competições cujas regras incluam a manobra empinando a motocicleta em uma só roda.

Uma prática esportiva constituída especificamente para empinar motos é o Whellie, esporte que surgiu nos Estados Unidos, na década de 70, e que ainda é pouco conhecido no Brasil.

Nessa prática esportiva, é possível estabelecer limites para a realização da manobra e, também, exigir que a moto seja adequada para andar apenas com a roda traseira.

Empinar a moto sem que ela esteja preparada para a manobra pode gerar problemas mecânicos, que incluem defeitos na caixa de câmbio, na embreagem (que passa por constante pressão) e na própria roda da motocicleta.

É necessária, ainda, a utilização de equipamentos de proteção pelos praticantes. Os equipamentos são essenciais em caso de queda, evitando que o piloto possa sofrer traumas.

Os pilotos que praticam o esporte utilizam, também, técnicas para empinar o veículo, as quais exigem prática para serem adquiridas. Ou seja, a manobra empinando o veículo não é realizada de forma amadora, apenas com conhecimento que o piloto acredita ter sobre trafegar com a moto em apenas uma das rodas.

No Whellie, a prática de empinar a motocicleta é totalmente controlada. Assim, leva-se em consideração a segurança de quem realiza a manobra e, também, das pessoas que estão próximas.

A prática livre de empinar a motocicleta é que representa o perigo real, pois gera riscos de acidentes tanto para quem dirige a moto quanto para outras pessoas no trânsito, como pedestres e ocupantes de outros veículos.

Por esse motivo, empinar motocicleta em qualquer pista, estrada ou via de circulação de veículos é infração de classificação gravíssima, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.

Pelo art. 244, inciso III, conduzir moto equilibrando-se em apenas uma das rodas é infração que gera multa de R$293,47.

Além disso, essa infração também está inclusa no grupo das autossuspensivas. Esse tipo de infração gera a suspensão do direito de dirigir sem que seja necessário atingir o limite de pontos na CNH.

As infrações classificadas como autossuspensivas são, em geral, as infrações que se destacam, dentre todas caracterizadas como gravíssimas, como mais prejudiciais à segurança do trânsito em geral.

Por isso, quem pratica a manobra de empinar a motocicleta pode ter de pagar um alto valor em multa e, perder o direito de dirigir por um tempo pré-determinado.

Além do valor a ser pago em multa e do período sem poder dirigir, o condutor que sofre suspensão precisa, após cumprir com o período determinado para a penalidade, realizar o curso de reciclagem de CNH.

Somente com a aprovação no curso é que o motorista receberá de volta seu documento de habilitação e poderá voltar a dirigir.

As práticas esportivas que permitem a realização de manobras que podem ser perigosas, dependendo da circunstância e do local onde são realizadas, são a alternativa para quem gosta de utilizar a moto não somente para se locomover.

Optar pela prática de um esporte e não empinar a motocicleta de forma amadora evita todas as consequências negativas às quais o condutor está sujeito, incluindo problemas mecânicos com o veículo, riscos de acidentes e de penalidades de trânsito.

As penalidades aplicadas para quem empina motocicleta podem ser contestadas por meio de recurso administrativo, assim como as penalidades decorrentes de qualquer outra infração de trânsito.

Dessa maneira, deixar de realizar a manobra empinando motocicleta é positivo, principalmente, para o fator segurança no trânsito, tanto para quem pilota quanto para outras pessoas.

Saiba mais sobre multa e outras consequências de empinar motocicleta.

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