Sem tecnologia para gerir Segurança e Saúde, empresas poderão perder R$ 20 bilhões/ano
A partir da entrada em vigor, em 2018, do eSocial, projeto do Governo Federal que unifica informações e consolida as obrigações acessórias da área trabalhista e previdenciária em uma única entrega, haverá uma mudança no cenário da fiscalização da Segurança e Saúde do Trabalho.
Se hoje tal fiscalização atinge, no máximo, 4% das empresas, a partir das novas regras passará a ser 100% online, dando uma projeção de arrecadação pessimista de aproximadamente R$ 20 bilhões/ano.
A análise é de Rogério Balbinot, engenheiro de Segurança do Trabalho e diretor da RSData, empresa especializada em software para gestão de SST. "A partir do eSocial, uma vez enviada, toda informação não gerenciada poderá ser uma prova contra as empresas de ações regressivas do INSS, onerando, assim, seus cofres", destaca o especialista.
Segundo ele, a automatização de processos relacionados à Segurança e Saúde do Trabalho (SST) no Brasil ainda engatinha, mas o cenário terá de mudar em função do eSocial, que aumentará a cobrança de aplicação prática das legislações das duas áreas, bem como a visibilidade sobre tais práticas - ou a ausência delas - nas companhias dos mais diversos setores.
Para garantir conformidade e segurança legal, o gestor recomenda cercar-se de um mix de tecnologia especializada e mão de obra com vivência e conhecimento da área.
"Softwares para gestão de SST tornam mais fácil acompanhar de perto não só o atendimento ao eSocial, como, principalmente, o cumprimento das metas propostas pelos programas de SST (PPRA, PCMSO, PGR, PCA, PPR, LTCAT)", explica Balbinot. "Um software especializado e dedicado à área de SST, interligado e compartilhado com softwares de gestão (ERP), sistemas de folha e estoque, gerará um ambiente de informações de qualidade, distribuídas de forma centralizada e de fácil gerenciamento", acrescenta.
O gestor adiciona que isso, somado à expertise de fornecedores especializados, garante o melhor gerenciamento de todas as áreas envolvidas na gestão da própria empresa, resultando em um cenário de maior conformidade, segurança, produtividade e tranquilidade para os gestores.
E no quesito fornecedores, o especialista é enfático. "Sem mão de obra especializada, corre-se o risco de não saber lidar com os dados e recursos entregues pelos sistemas, ou com todas as possibilidades que estes entregam, deixando de aproveitar o máximo das informações geradas", alerta o especialista.
Conforme o gestor, profissionalizar e equipar com tecnologia de ponta a gestão de Segurança e Saúde do Trabalho é melhorar o ambiente corporativo para gestores e colaboradores, assegurando conformidade e segurança. "É passar de um cotidiano de incertezas e riscos para uma rotina pautada em assertividade, tranquilidade e produtividade", conclui.