Serviços de remoção do óleo que vazou de navio no Porto de Santos continua por mais essa semana
Os serviços de remoção e limpeza do vazamento de óleo combustível (bunker), ocorrido no domingo (dia 05/11) de uma embarcação graneleira de bandeira filipina, continuam no local do acidente. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quase 3 mil litros do produto vazaram do navio Golden Trader II, atracado no Porto de Santos, no litoral de São Paulo.
Após quase uma semana do acidente, os trabalhos seguem a todo vapor. Mesmo com a contenção do óleo vazado, muitas manchas acabaram se deslocando do local, mas conseguiram ser recolhidas. Agora, o foco nos serviços está nos diversos pontos de contaminação nos cais dos terminais e nos cascos dos navios. Os trabalhos de resposta e limpeza estão sendo acompanhados por representantes do ITOPF (International Tank Owners Pollution Federation) e liderados pela empresa Ocean Safer Ambiental, especializada no combate a emergências e prevenção ambiental, com sede no Rio de Janeiro e atuação nos principais portos do país. A empresa iniciou os serviços no local após ser acionada pelo armador do navio.
Desde então, atua com uma equipe formada por aproximadamente 36 profissionais, que se revezam nos trabalhos de limpeza do estuário, cascos de navios e defensas de amarração no cais em dois turnos de 12 horas. Nos últimos dias, a Ocean Safer trabalha em três frentes distintas. A primeira na limpeza do local compreendido entre o cais e o casco do navio na contenção do óleo que deságua das galerias, por meio de material absorvente e limpeza manual. A segunda frente ocorre no Armazém 37 com o jateamento de baixa pressão do costado do píer, que também foi atingido com o vazamento de óleo.
Já a terceira frente atua na outra margem do cais santista, no terminal da empresa Santos Brasil, onde dois navios atracados e operados pela empresa Aliança acabaram sendo atingidos pelo óleo, sendo necessária a intervenção da equipe de combate, principalmente na limpeza nos cascos das embarcações. Segundo o gerente de Operações da Ocean Safer, Egon Luz, o trabalho mais desafiador diz respeito à limpeza das defensas do costado do cais, realizado manualmente com materiais específicos e mantas absorventes, visando deixar o local totalmente isento do óleo derramado.
"No primeiro momento nosso trabalho consistiu na instalação de barreiras para conter o vazamento, visando a preservação do local. Desde então, trabalhamos para realizar uma limpeza completa em todas as áreas afetadas, com o objetivo de deixar o local sem nenhum vestígio de vazamento. Para isso, projetamos que os serviços continuem por mais uns sete dias", explica Egon.
Além do contingente de profissionais, os serviços contam com o auxílio de três embarcações de médio porte e quatro lanchas rápidas, que atuam no combate de manchas de óleo, na limpeza dos cais e dos navios, além do deslocamento do pessoal durante os trabalhos. "Todo o trabalho está sendo supervisionado pelos órgãos ambientais; IBAMA, CETESB e Capitania dos Portos, além das seguradoras envolvidas no processo, que acompanham todas as ações de combate desde o início do sinistro", define o responsável pela Ocean Safer no local.
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