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Síndrome de Burnout: quando o trabalho passa dos limites

29 dez 2017 - 04h00
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Muitas pessoas não sabem, mas quando elas trocam a vida por inúmeros compromissos profissionais correm mais risco de desenvolver ansiedade, estresse, depressão, pânico e até a chamada Síndrome de Bournout.

Foto: DINO

Segundo uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA), ocupamos o segundo lugar no ranking de países mais estressado, ficando atrás apenas do Japão. Cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com o problema, que pode levar ao esgotamento da mente e do corpo e fazer com que a pessoa seja tomada por uma espécie de blackout, uma sensação de extremo cansaço.

Em artigo publicado no New York Times, a diretora do Facebook, Sheryl Sandberg, e o professor de administração da Universidade da Pensilvânia, Adam Grant, relataram que, de modo geral, são as mulheres as que mais sofrem com esse distúrbio, uma vez que elas abraçam também as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos ao mesmo tempo que precisam lidar com as questões do trabalho.

O levantamento também expôs que enfermeiros, psicólogos, policiais, bombeiros, carcereiros, oficiais de Justiça, assistentes sociais, atendentes de telemarketing, bancários, advogados, motoristas de transporte público, executivos e jornalistas formam um grupo com possibilidades maiores de desenvolver a patologia.

Estamos falando de um mal generalizado em boa parte do mundo contemporâneo. no qual sequer temos boas noites de sono. O brasileiro dorme menos do que as 8 horas recomendadas pelos especialistas. Isso sem falar da parcela da população que sofre com distúrbios do sono (os mais comuns: síndrome das pernas inquietas, jet lag, narcolepsia, terror noturno, sonambulismo, apneia obstrutiva do sono e insônia), que acometem 36,5% das pessoas.

Diariamente atendo pacientes que relatam ter chegado ao seu limite. O problema é que a maioria das pessoas só começa a pensar nisso quando a estafa bate à porta. Como mostram os relatos divulgados em Reasons why exhaustion and burnout are so common (BBC) são poucos os que escapam da pressão extrema e não correm o risco de terem sua saúde por "um fio". Até mesmo personalidades como o Papa Bento XVI e Mariah Carey se viram em um ponto em que o corpo e a mente já não respondiam como antes.

As recomendações começam sempre pelo ato "simples" de reservar pelo menos 30 minutos do dia para si. Tempo para se observar, reconhecer, admitir e ponderar sobre os limites do seu corpo e de sua mente, além de praticar exercícios físicos, divertir-se e alimentar-se melhor.

Conviver com um problema psiquiátrico, independente de qual seja, exige muita força de vontade da pessoa diagnosticada e, sobretudo, pleno apoio de amigos, familiares e também dos chefes, colegas de trabalho. A pessoa que sofre com esse transtorno não deve ser vista como alguém preguiçoso, que não quer trabalhar, mas sim como alguém que realmente precisa de auxílio.

*Artigo assinado pelo psiquiatra Leonardo Maranhão, que é autor do livro "A vida com...autismo" e diretor da Clínica Médica Assis.

Website: http://www.clinicamedicaassis.com.br/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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