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DINO

Visagismo: ciência essencial na construção de robôs humanos

5 ago 2019 - 11h24
(atualizado em 7/8/2019 às 11h37)
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Nos últimos 15 anos, o intenso e acelerado desenvolvimento da tecnologia criou um novo mundo, onde relações humanas foram redefinidas. Nesta realidade que aproxima o real do digital, robôs têm ganhado mais relevância no contexto social: deixam de ter a aparência de máquinas para se tornarem ou assumirem imagens como 'pessoas'. Assim, o visagismo se mostra como uma solução inédita, eficaz e com a devida prudência para definição harmônica das imagens de robôs.

Foto: Birô de visagismo/Tania Trindade / DINO

Na nova formatação das realidades comercial, social e pessoal, a valorização e importância da imagem atingiram um novo patamar. A exigência do 'ser belo' se tornou uma premissa básica do consumo. A imagem de produtos devem ser agradáveis aos olhos dos seres humanos.

"É só imaginar uma geladeira. Ela tem uma função de gelar e manter alimentos, mas ninguém quer comprar qualquer uma. Será escolhida a que mais agrada em estilo, tamanho, cor, forma, etc.", ilustra Robson Trindade, mestre em tecnologia da inteligência e design digital, cujo o tema da pesquisa foi visagismo que é o responsável por trazer o Visagismo Acadêmico para o Brasil.

A linha tênue entre empatia e rejeição

Mas, para compreender a importância e necessidade da aplicação do visagismo na definição das imagens de robôs é necessário compreender uma linha tênue entre aceitação e rejeição: o "Vale Inquietante" ou "Vale da Estranheza".

O termo se refere à rejeição dos seres humanos a um robô quando este atinge uma aparência "humana demais". Porém, antes deste ponto, a empatia pela semelhança da imagem também existe.

Pesquisadores em diversas partes do mundo já se dedicam a estudos para explicar o motivo deste fenômeno acontecer e alguns achados mostram que esta reação é subjetiva e está baseada na codificação de um valor não linear no córtex pré-frontal ventromedial, componente essencial do sistema de recompensa do cérebro.

Visagismo como solução

Por não ter sido detectado um tipo específico de robô que cause estranheza ou empatia em seres humanos, entende-se que a combinação de fatores que compõem a sua imagem é essencial. Construir imagens de robôs que tenham aparências humanas sem causar rejeição é um novo desafio do mundo moderno. 

"E aí podemos falar de mais um campo de amplo espaço para explorar o Visagismo, uma ciência que estuda harmonização e equilíbrio de imagens e se mostra necessária também neste contexto social", afirma Robson Trindade e Tania Maria Brandão Britts Trindade, mestre em comunicação audio visual.

O mestre em visagismo explica que sua ciência estuda estruturas faciais, através de conceitos científicos muito bem embasados e comprovados. "E é isso o que vai ajudar na construção das imagens dos robôs para atingir a empatia dos seres humanos", afirmam os Trindade.

Quando questionado sobre como imagina que isso poderá ser feito, responde sem pestanejar sobre imagens que reverberem racionalidade, emoção ou intuição, lado sensual ou profissional, acessórios e cabelos que emolduram o rosto.

"Para isso, muitas características e detalhes precisam ser profundamente estudados. Desde tons de peles com base em análise sazonal, formato do rosto primário, comprimento do pescoço, largura dos ombros, perfil, sobrancelhas, etc. Tudo isso é utilizado na construção da imagem pessoal robótica humanizada", pontua professor mestre e doutorando em inteligência artificial Robson Trindade, PUC/SP-TIDD.

A ideia de beleza

O ideal de beleza é um ponto discutível quando o assunto é a construção de robôs humanos.

"Não podemos esquecer que, segundo os pré-socráticos, esta é uma ideia individual. Beleza é aquilo que agrada meus olhos", explica Robson Trindade citando uma coerência com os resultados de estudos que comprovam que não há um modelo específico de robô que agrade ou desagrade todos os seres humanos estudados.

Os Trindade explicam que a aplicação de conceitos do visagismo será a solução possível para criar diversas imagens para robôs. "Utilizando a proporção áurea e a sequência de Fibonacci é fácil encontrar o equilíbrio, entretanto não será esta a ferramenta apropriada para criação de robôs humanizados".

"O que precisa ser feito é criar, criar, criar para que na hora de adquirir o seu robô, as pessoas possam escolher, entre tantos, o mais te agrada e causa empatia", finaliza o Professor Ms. Robson Trindade.

Pesquisa: http://educacaovisagismoeprojetos.com.br/visagismo-ciencia-essencial-na-construcao-de-robos-humanos/

https://olhardigital.com.br/noticia/estudo-tenta-explicar-porque-alguns-robos-e-bonecos-realistas-dao-medo/87698

https://azeheb.com.br/blog/robo-sophia-o-maior-avanco-da-tecnologia-humanoide/

Website: http://www.robsontrindade.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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